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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Resíduos Sólidos Urbanos (R.S.U) - facturas da AR

Porque muito se tem falado em torno das abissais desigualdades nos preços dos Resíduos Sólidos Urbanos (R.S.U) praticados nos vários municípios aderentes à  Águas do Ribatejo

Por: X. Frade
Porque o tema gerou interesse e acesa discussão na última reunião da Câmara Municipal de Alpiarça e nas Redes Sociais. Porque muito se tem falado sobre o tema, e pouco tem sido esclarecido, resolvemos encetar um pequeno estudo que nos leve a compreender a razão de algumas práticas diferenciadas bem como assimetrias sociais e económicas entre vizinhos. O nosso propósito é tão só entender e, ao mesmo tempo, poder levar o assunto a quem de direito para que, através dos canais normais de comunicação, o cidadão  consumidor possa ser devidamente informado e esclarecido.
Começamos assim, por esmiuçar duas facturas, curiosamente lançadas pela empresa AR, no mesmo dia, mês e ano e com o mesmo consumo (16m3). Uma, enviada para o município de Alpiarça, outra para o município de Chamusca. Apesar da distância temporal de um ano e três meses, e embora tenha havido um ajuste no preço do m3 e respectivas tarifas fixas de água e saneamento, mantêm-se intactas as taxas dos RS. Urbanos nos dois concelhos.
Numa rápida observação das duas facturas, constatamos alguns pormenores curiosos. Como nota complementar, informamos: 
- A factura de Alpiarça pertence a uma família, cujo agregado é composto por 4 pessoas com um rendimento mensal líquido de 350.00€ beneficiando por isso da Tarifa Social (generosamente atribuída pela AR aos consumidores mais carenciados).
- A factura de Chamusca pertence a uma família igualmente de 4 pessoas com um rendimento de 1500.00€ líquidos mensais.
Ao analisarmos os detalhes de ambas as facturas e o total pago por cada família, há aqui alguns pontos que nos suscitam sérias interrogações:
  1. A factura do consumidor beneficiário da Tarifa Social de Alpiarça foi lançada por ESTIMATIVA com um consumo de 16m3 (!) porquê, sendo que esta família tem normalmente um consumo de 13/14 m3 mensais?
  2. Como se explica que o consumidor beneficiário não tenha mencionado na factura o desconto a que tem direito?
  3. Como se justifica, em termos sociais, que a família de fracos recursos de Alpiarça, pague mais 3.56€ no final da factura, que o seu vizinho de Chamusca, consumidor doméstico normal, tendo o mesmo consumo de água?
  4. Sabemos que há uma disparidade absurda no preço dos resíduos sólidos, como poderá ser visto no item “Conta de Terceiros” praticados nos dois municípios. Tanto ao nível dos escalões (que na Chamusca é escalão único de 0 a 40m3/30 dias) quanto ao preço unitário, que em Alpiarça incide sobre 28/30/31/32/33 dias e em função do escalão (conforme pode ser observado) e, na Chamusca incide sobre a água consumida (conforme pode também ser constatado). Contudo, a dúvida subsiste: então e onde se encontra o benefício da Tarifa Social da família alpiarcense?
São questões que desconhecemos e sobre as quais gostaríamos de ser esclarecidos.
Nota: Os Municípios a que as facturas dizem respeito, poderão ser facilmente identificados em: “Conta de Terceiros” na respectiva factura.














10 comentários:

Anónimo disse...

A resposta para o que acabamos de ver só pode ser uma. A classe média do concelho da Chamusca é a que deve ser protegida, tanto assim que paga menos,e classe pobre de Alpiarça que estica os poucos cêntimos que tem para gerir a sua casa e a sua família é que deve pagar as favas porque é abonada.
Deve ser uma nova forma de conceito social dos políticos locais que nos governam com tanto rigor e empenho. Depois dizem... ah e tal, este modelo é o mais justo para as populações...
Como aqui já alguém disse "Eu quero é que vão todos bardamerda!"

Anónimo disse...

Tanta exigência na publicação das facturas e das provas que penalizam os alpiarcense, que agora publicadas,a ordem vinda da Silvestre Bernardo Lima é: NINGUÉM COMENTA porque as provas dos factos foram publicadas

Anónimo disse...

Então e o senhor "Mil Caras" que aparece por aqui a cagar postas de pescada, não tem nada para dizer antes os factos aqui apresentados?
Vá homem desembuche! Não queria que lhe mostrassem provas? O partido que o senhor defende deve estar a estudar o assunto para lançar um comunicado às massas trabalhadoras, não é? Se calhar ainda vão dizer que isto são "fotomontagens feitas pela oposição rasca que existe em Alpiarça.
Realmente, cego é aquele que não quer ver.
E estúpido é aquele que não tem resposta.

Anónimo disse...

Em minha opinião, para além da diferença no custo dos resíduos sólidos urbanos entre Alpiarça e a Chamusca que como podemos ver pelas facturas, teve um custo de 1.60€ na Chamusca e 4.30€ em Alpiarça, há aqui outra questão que é social e que deve ser tomada em conta, tendo em atenção os rendimentos das famílias aqui mencionadas. Também não compreendo o critério da “Águas do Ribatejo” em relação aos factos ilustrativos e aqui trazidos à estampa. Por outro lado, parece-me ainda, que esta diferença nos resíduos sólidos entre Chamusca e Alpiarça, que no caso presente é de um diferencial de 3,20€ em desfavor do consumidor de Alpiarça, nos casos de menor consumo existem outros reflexos igualmente curiosos. Seguindo este raciocínio, pode dar-se o caso que um consumidor de Alpiarça que esteve um mês ausente e não fez qualquer gasto de água, venha a pagar mais na factura que um consumidor da Chamusca que esteve tranquilamente em casa e consumiu 7, 8 ou 10 metros cúbicos de água! Este é um exercício matemático que não deixa de ser curioso em todo este processo que, parece não ter importância nenhuma para algumas pessoas mas, de facto, acaba por ter importância. Principalmente para as bolsas mais débeis.
Daí ser importante o debate de ideias e a razoabilidade dos nossos políticos do poder local que, tendo outras coisas para fazer, normalmente esquecem estes pormenores importantes para as suas populações.
Não queria terminar, sem antes deixar aqui um desafio aos nossos políticos, nomeadamente aos presidentes de câmara: Por que não pensar também em colocar uma “Tarifa Social” para os consumidores de menor poder económico, nos “Resíduos Sólidos Urbanos” que são receitas das próprias câmaras?
Desde que não seja como o caso aqui retratado, como é evidente?

F. Mariano

Anónimo disse...

Sou um nabo em matemática mas alguém que me ajude a fazer as contas. Se um chamusquenho paga 1,60€ pela recolha do lixo e o alpiaçoilo paga 4,80€, quer dizer que o alpiaçoilo paga mais 3,20€ ou seja mais 300% por essa recolha do que o vizinho chamusquenho, não é verdade? Ou estou baralhado?
Alguém que me ajude por favor a fazer estas contas.

Anónimo disse...

Enquanto leitor que acompanha as notícias de Alpiarça, do país e do mundo, há uma coisa que me causa algum espanto em relação a Alpiarça: É o facto de tanta gente ter aqui gritado por PROVAS! PROVAS! Em relação aos preços dos R.S. Urbanos e, agora que as provas estão aí, calaram-se como ratos cobardes e preferem desviar as atenções para outros assuntos!
Sem mais comentários: Grandes ratos de porão, vocês me saíram!

Anónimo disse...

ô 12;12 porcure ao vosso defensor se o dito não vos respondeu? Pois é . a vossa democracia é essa censura-se .

Anónimo disse...

Tenha calma anonimo das 11:57. Nem toda a gente é reformada da tropa a ganhar balurdios do estado, pago por todos nós, para poder estar permanentemente em frente ao computador e responder de imediato. Para pagar boas reformas alguém tem de trabalhar. Ora bem, vejamos um extrato do texto: "resolvemos encetar um pequeno estudo que nos leve a compreender a razão de algumas práticas diferenciadas bem como assimetrias sociais e económicas entre vizinhos". Mas quais vizinhos? Só a Chamusca? Então e em relação a Almeirim e Santarém, também nossos vizinhos? Somos beneficiados ou prejudicados? Também gostava de saber. Este "estudo" continua a ser tendencioso se não comparar situações com outros concelhos. Se é só em relação à Chamusca que há uma diferença de 3,5 euros mensais na factura da água, acho que estamos muito bem classificados. Mas o Presidente não explicou já a razão dessa pequena diferença? São surdos? ou não vos interessa ouvir?. Continuo a aguardar pelo estudo com os outros concelhos.

Anónimo disse...

Escreve o comentarista do regime autárquico vigente, a propósito do diferencial dos R.S.U entre Alpiarça e Chamusca:
" Mas o Presidente não explicou já a razão dessa pequena diferença? São surdos? Ou não vos interessa ouvir?”
Não senhor comentarista, o que o presidente disse e pode ser consultado neste jornal é que em matéria de R.S. Urbanos, cabe aos eleitos de cada município fixar a sua taxa. Isso sabemos nós. Acha que era essa a resposta que os munícipes de Alpiarça desejavam? Por acaso, não são os ELEITOS da CDU que agora governam? Por fim, diz o presidente que a culpa (imagine-se!) é do PS. Ó senhor comentarista, acha que os munícipes de Alpiarça são parvos? Por essa ordem de ideias vamos concluir que a culpa de haver gente tão ignorante em Alpiarça se deve a D. Afonso Henriques!...

Diz "pequena diferença de 3,50€"? Acha que 3,50€ mensais, 42.00€ anuais é uma pequena diferença para quem dispõe de cerca de 200,00€ para sustentar a família durante 30 dias, e ainda tem de contar com a farmácia, senhor comentarista? Para si é uma ninharia, com certeza! Se calhar são estes desgraçados que têm de trabalhar e pagar impostos para que você tenha um ordenado principesco! Ou estarei enganado?

Anónimo disse...

Pois, é tudo boa rapaziada que defende as populações, e os direitos adquiridos dos trabalhadores etc. só que, quando é preciso dar respostas ou colocar o preto no branco como fez o autor deste estudo... dizem: " Ah e tal agora não tenho tempo... ou então, "Chega pra lá três carreiras!" E o caso fica arrumado.