.

.

.

.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

"Cavaco é a almofada" e Passos "o cimento"

O líder da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, diz, numa entrevista concedida ao jornal i, que “o professor Cavaco Silva é a almofada que sustenta de forma inconstitucional muito profunda o atual Governo”, efetuando-o “contra tudo e contra todos”. Já Passos Coelho tem sido, a seu ver, “o cimento que agrega a coligação”.
“O professor Cavaco Silva é a almofada que sustenta de forma inconstitucional muito profunda o atual Governo”. As palavras pertencem ao líder da União Geral dos Trabalhadores (UGT), que em entrevista ao i explica que o Presidente da República o faz “contra tudo e contra todos”.
Acresce que Cavaco é, segundo Carlos Silva, um “beneplácito”, que tem vindo a ser “o grande suporte deste Governo”.
O dirigente da UGT reconhece também que Passos Coelho “tem tido uma liderança muito forte dentro do PSD e tem sido o cimento que agrega a coligação”.
Ainda assim, considera que “o primeiro-ministro fez uma opção é errada, e tinha uma alternativa”, já que “nós tínhamos de ter mais tempo para o ajustamento”. O líder da UGT questiona ainda: “A que custo é que em três anos vamos pagar um resgate destes?”, respondendo que isso irá acontecer com “sangue, suor e lágrimas”. Além disso, “não se diz a ninguém que tem de se empobrecer”.
Sobre o ano que agora se inicia, Carlos Silva julga que “vamos ter um ano muito a ferro e fogo em questões sociais”, até porque “ninguém esperava uma situação de tão grande austeridade, de empobrecimento e emigração forçados”.
Quanto à situação que encaminhou o País para esta conjuntura refere que “falhou a forma como foi concebido o memorando, o que envolve todos os partidos que estiveram na sua assinatura, inclusivamente o Partido Socialista”, sendo que “o Governo não devia ser tão complacente com a troika”.
De salientar também que “a troika sai em maio e a partir daí vamos ter um maior descomprometimento face às condições do memorando e à possibilidade de uma reação menos adversa dos mercados do que se fosse tomado um compromisso destes enquanto a troika está cá”.
Desta feita, a coligação governativa “devia fazer tudo para evitar mesmo um programa cautelar”. “O País devia sair limpinho e escorreito do programa de ajustamento”, remata sublinhando que “a UGT estará disponível para um compromisso importante no pós-troika”. “Não estamos disponíveis para mais cortes salariais, rejeitamos os cortes nas pensões e a aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), mas, se o pograma cautelar vier a ser implementado, fazemos questão que o PS seja envolvido em termos parlamentares e nós queremos ser ouvidos em sede de Concertação”, conclui.
«NM»

1 comentário:

Anónimo disse...

E vocês assinam tudo o que eles querem contra os trabalhadores.