.

.

.

.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Uma "serenata de violino" aos verdadeiros hipócritas que são aqueles que nós conhecemos de ginjeira

Por: 'Almeirante'
Caro Eduardo Costa ( ler: "'ÁGUAS DO RIBATEJO': Tarifário para 2014": ) quando escrevi este pequeno texto em jeito de sátira (provinciana talvez), estava longe de pensar que alguém fosse capaz de fazer uma leitura "ipsis verbis" do que ali estava escrito sem fazer a respectiva "descodificação criptográfica" que se impunha. Bastará uma leitura mais atenta para se concluir que o autor não é "hipócrita" mas está, isso sim, a tentar dar uma "serenata de violino" aos verdadeiros hipócritas que são aqueles que nós conhecemos de ginjeira.
Cometi a audácia ou a iliteracia (mea culpa) de não aplicar as respectivas "comas" para aferir do efeito interpretativo de cada frase mas, já vi que foi um erro e, quiçá alguma inépcia ou "defeito intelectual” de minha parte, ter brincado com coisas tão sérias, como no exemplo: "Um ou dois euros de desconto na factura mensal da água é importantíssimo para qualquer família que vive em dificuldades económicas e isso faz toda a diferença no seu orçamento, conforme facilmente se compreende."
É claro que ninguém vai levar esta frase a sério, mesmo sem aspas! Isto é treta!
É óbvio que o que se compreende é que 1 ou 2 Euros de desconto no total da factura mensal, não tira os pés da lama a ninguém, nem terá qualquer expressão no orçamento de qualquer família mesmo carenciada.
No que respeita ao novo aumento do tarifário da água, já tive ocasião de lhe dizer que as suas contas estão certíssimas e que o aumento proclamado dos tais cêntimos até 2017 é um verdadeiro embuste de quem arquitectou os aumentos e de quem de modo orquestrado e servil os defende como forma única de garantir a sustentabilidade da empresa "Águas do Ribatejo". Não é necessário ser um exímio ou criativo “accountant” para chegar a essa conclusão.
Depois desta antítese alusiva ao meu texto inicial e necessária aclaração para separação de águas, espero que não seja necessário calçar as luvas e entrar no ring para defesa da honra. Pelo contrário, espero que possamos beber um copo e discutir outros pormenores interessantes sobre o tema da água que consumimos e pagamos, bem como analisar a verdadeira farsa das “Tarifas Sociais e Familiares” em vigor que, não foram por si (ainda) devidamente aprofundadas e aclaradas.
Como terá certamente notado, esta parte (Tarifas Sociais e Familiares) já foi de certo modo esmiuçada neste jornal.
Cumprimentos



3 comentários:

Anónimo disse...

Este escriba (autor do post) tem jeito para floreados eufemisticos que não acrescentam nada à discussão. A excessiva preocupação com a forma (sintaxe) levou irremediavelmente a contradições ao nível do conteúdo (semântica). (Um parêntesis só para sublinhar que não estamos sós no mundo quando se trata de dominar o lexico lusitano! Deixemo-nos de vaidades!)
Voltemos às contradições ou fraca argumentação, como queiram chamar-lhe. Diz ele:
"É óbvio que o que se compreende é que 1 ou 2 Euros de desconto no total da factura mensal, não tira os pés da lama a ninguém, nem terá qualquer expressão no orçamento de qualquer família mesmo carenciada."
Eu pergunto:
Se assim é, então no que respeita ao novo tarifário, também os aumentos de alguns cêntimos não dificultarão de forma tão grave como querem fazer crer o orçamento de uma família, certo? Como dizia alguém por aqui, significará tomar menos UM OU DOIS CAFÉS POR MÊS! Vale a pena tanto barulho por causa disto ou haverá simplesmente quem queira protagonismo à custa deste falso assunto? Quanto a mim, trata-se de "much ado about nothing" na boca de conceituado escritor que concerteza procurará no google identificar. Quanto a mim, não mais contribuirei para discutir o sexo dos anjos. Há assuntos bem mais interessantes, como identificar os verdadeiros culpados do estado em que vivemos e que não tem a ver com simples cortes de míseros cêntimos. Mas isso levarnos-ia para uma bem mais pertinente discussão, mas demasiado longa ... e talvez o caríssimo escriba não esteja tão interessado nela.

Eduardo Costa disse...

Exº Senhor Anónimo

Apresento-lhe publicamente desculpas pela minha dificuldade em "interpretação metafórica" de afirmações; infelizmente demasiado usuais em linguagem política, na decadente partidocracia vigente e respectivas clientelas e lacaios.

Com os votos de Feliz Ano Novo, dou por encerrado o incidente.

Eduardo Costa

Anónimo disse...

A questão é se deixar de tomar UM OU DOIS CAFÉS POR MÊS se justifica.
O mesmo raciocínio faz o Passos Coelho e o Portas.
Também eles acham que o povo pode prescindir de ir uma vez por mês ao restaurante, visitar uma exposição de pintura, ou ir ao cinema.
É a soma de todos os bens que consumimos que nos levam os salários a zero, e, na maior parte dos casos abaixo de zero.
Se a água aumentar 8%, o telemóvel 3%, os combustíveis 5 ou 6 %, o gaz, a electricidade, as portagens, os livros, a alimentação, a manutenção do carro, os seguros, a IPO, o IUC, o IMI, etc, isoladamente aumentam o tal café ou dois.
Juntemos tudo, e no final de cada mês os cafézinhos serão 50, 80, 100 euros menos em baixos salários.
Há outros factores a considerar...
Dois ou três euros num salário de 600 euros não é o mesmo de quem tem 3 ou 4000 euros.
Compreende-se que a maioria dos dirigentes da CDU de Alpiarça e que defendem (curiosamente) o aumento das tarifas da água, estejam nos escalões mais elevados de IRS.
Mas se olharem à vossa volta, o povo não está!
Três euros por mês são TRINTA e SEIS EUROS POR ANO. 10 kilos de febras...
A diferença para algumas famílias entre darem uma febra aos filhos ou uma sopa...