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terça-feira, 27 de agosto de 2013

'TPA': "A ANÁLISE QUE MAIS NINGUÉM FEZ”


Quando juntamos um grupo de pessoas com as mais variadas valências e um objetivo comum algo de extraordinário acontece. O trabalho culminou com a elaboração de um programa eleitoral que vai muito além de um conjunto de diretrizes políticas. A nossa desvantagem (não integração partidária) tornou-se numa oportunidade de, livremente e sem as amarras ideológicas comuns aos partidos, analisarmos o Concelho tal como ele é—com as suas forças, e fraquezas, mas também com as ameaças e oportunidades que estão à vista de todos, especialmente de quem governa os destinos da autarquia. Este exercício de reflexão estratégica permitiu-nos criar a bases fundamentais para o desenvolvimento do projeto eleitoral, delineando o futuro de Alpiarça. 

Deste trabalho conjunto destacamos uma ameaça relevante que poderá afetar muitas famílias o fecho de fábricas; mas também, e pela positiva, um conjunto de forças únicas associadas ao potencial turístico do concelho, que exigem uma solução estratégica para o seu desenvolvimento. A autarquia assume aqui um papel fundamental, que não deve passar por ser um empregador, mas antes um facilitador e catalisador de iniciativas de empreendedorismo, criando as condições naturais e desejáveis para acolher pequenas e médias empresas que criem postos de trabalho no Concelho criando uma nova dinâmica económica e social. Este enquadramento lógico que escolhemos fazer como ponto de partida nada mais é do que a base para um grande trabalho ao serviço.

Por. Paulo Sardinheiro
Do PROGRAMA ELEITORAL DO MOVIMENTO 'TODOS POR ALPIARÇA' Leia o programa completo em:http://issuu.com/joaocurvacho/docs/programa_eleitoral_tpa

19 comentários:

Anónimo disse...

Por favor!... parabéns? A maioria da população tem a intuição destas questões sem precisar de uma análise SWAT e os que conhecem este mecanismo de trabalho não ficam surpreendidos pelos resultados. FRANCAMENTE...Haja paciência. Deixem de se elogiar em causa própria...

Anónimo disse...

julgo que ninguém coloca em causa do trabalho que está a ser efetuado por este grupo de pessoas. Se o Cunha é ou não o cabeça-de-lista ideal para ser o nosso Presidente de Câmara, é uma coisa que saberemos no fim das eleições.
Mas que se soube rodear da qualidade, ao nivel das pessoas, curriculo autarquico e competências profissionais é uma coisa que ninguem pode desmentir.
Olhem para quem integra as listas dos vários partidos e tenham lá a coragem de desmentir-me. Só se me quiserem fazer de parva e os alpiarcenses também não gostam que os façam de parvos e estas ultimas atitudes tanto do PS como do PCP não tem sido nada positivas.
Por exemplo esta PCP ainda não ter Programa Eleitoral a um mês das eleições é uma coisa que não lembra a ninguém. Especula-se que não houve ninguem cá em Alpiarça com capacidade para elaborar o Programa e com as ferias de algumas pessoas ficou tudo parado. Isso demonstra uma grande incapacidade e descordenação dentro do partido que no passado era o partido mais organizado em Alpiarça. Agora deixaram fugir os mais mediaticos elementos da CDU para o Cunha e o Gaspar também não conseguiu convencer o Moreira a dar a cara pela candidatura dele.
Alpiarça está ao rubro. Vença quem vencer, não se esqueçam que Alpiarça deve ser a vossa principal preocupação. E isso tanto o PS como o PCP principalmente este ultimo já demonstraram que estão mais preocupados em arranjar uns tachitos para a rapaziada do que fazer alguma coisa pela nossa terra.
Obrigada ao Sr. Centeio por disponibilizar-me este espaço. Bem haja

Anónimo disse...

Parabéns pela excelente análise e também por poderem reforçar junto da população os nossos problemas a as soluções para poderem ser ultrapassados, trabalho muito bem feito e meritório que deve ser lido e pensado por todos. É também uma lição para o PS e para a CDU daquilo que deviam ter feito e nunca fizeram.
Sou totalmente de esquerda. mas tenho olhos para diferenciar o trigo do joio e nesta campanha, para muita pena minha o trigo está do lado dos independentes ou psd, como queiram chamar, lá que são mais profissionais e competentes disso não restam duvidas.Contrariado por um lado meto a minha terra acima dos partidos e votarei no TPA.

Anónimo disse...

Concordo que a CDU e o PS não têm ninguém capacitado para fazer este tipo de análises

Anónimo disse...

Mais uma vez é preciso repor a verdade . O PS apresentou uma analise SWAT no Programa eleitoral de 2005.

Parece que os parolos estavam aqui em Alpiarça a babarem-se na sua propria estupidez e num repente apareceram uns Sardinheiros e uns Marios Santiago para educar o povo.

Devo curvar-me perante Vossas Majestades quando nos cruzarmos na rua? E posso olhar-vos nos olhos sem cegar perante o esplendor e luminosidade de Vossas senhorias ?

Anónimo disse...

Assim só de repente , o PS tem um líder formado em engenharia e com uma pos graduação em economia . Tem uma gestora que é directora Regional da DECO. Uma advogada de renome e um agricultor de sucesso no meio empresarial .

Mas que raio de conversa é essa senhores do PSD ?

Um líder que é empresário de empresas que nao existem, um ajudante de Farmacia e um vendedor de comprimidos .

É esta a comparação que querem fazer? Não quer dizer que os diplomas façam a capacidade de alguém mas também não vos dá o direito de se arrogarem se superiores aos outros.

PARA OS LEITORES MENOS ESCLARECIDOS disse...

O que é uma Análise SWOT (1)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Análise SWOT ou Análise FOFA ou PFOA (Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) (em português) é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usada como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional.
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações.
Aplicação prática[editar]


Análise SWOT
Estas análises de cenário se dividem em:
ambiente interno (Forças e Fraquezas) - Principais aspectos, que diferencia a empresa dos seus concorrentes (decisões e níveis de performance que se pode gerir).
ambiente externo (Oportunidades e Ameaças) - Corresponde às perspectivas de evolução de mercado; Factores provenientes de mercado e meio envolvente (decisões e circunstâncias externas ao poder de decisão da empresa).
As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos.
Ambiente Interno
Strenghts - Vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.
Weaknesses - Desvantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.
Ambiente Externo
Opportunities - Aspectos positivos da envolvente com potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa.
Threats - Aspectos negativos da envolvente com potencial de comprometer a vantagem competitiva da empresa.
O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Desta forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_SWOT

PARA OS LEITORES MENOS ESCLARECIDOS disse...

O que é uma Análise SWOT (2)
Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo com freqüência de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos.
A combinação destes dois ambientes, interno e externo, e das suas variáveis, Forças e Fraquezas; Oportunidades e Ameaças, irá facilitar a análise e a procura para tomada de decisões na definição das estratégias de negócios da empresa.
Forças e Oportunidades - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo as oportunidades detectadas.
Forças e Ameaças - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os efeitos das ameaças detectadas.
Fraquezas e Oportunidades - Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as oportunidades detectadas.
Fraquezas e Ameaças - As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças.
Como podemos verificar a matriz SWOT ajuda a empresa na tomada de decisão ao nível de poder maximizar as oportunidades do ambiente em torno dos pontos fortes da empresa e minimizar os pontos fracos e redução dos efeitos dos pontos fracos das ameaças.
Devendo esta análise ser complementada com um quadro que ajude a identificar qual o impacto (elevado, médio e fraco) que os fatores podem ter no negócio e qual a tendência(melhorar, manter e piorar) futura que estes fatores têm no negócio.
A Matriz SWOT deve ser utilizada entre o diagnóstico e a formulação estratégica propriamente dita.[carece de fontes]
A aplicação da Análise SWOT num processo de planejamento pode representar um impulso para a mudança cultural da organização
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_SWOT

Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_SWOT

Anónimo disse...

Porque é que o Xico Cunha não aplicou a analise SWOT aos seus negócios? Será que é por isso que levou tudo à falência?

Anónimo disse...

Mas sobre a dita análise ningém tem nada a dizer?

Eu também tinha uma ideia sobre esta análise ao concelho, mas tenho de dar mão à palmatória pois este é um trabalho bastante pertinente e com um nível de detalhe apreciável. De facto continuam sem decepcionar os leitores mais atentos.

Tive oportunidade de vos felicitar quando vi o programa eleitoral mas mais uma vez reitero os meus cumprimentos.
Assim vão lá!

Anónimo disse...

ao 23.06, por acaso tenho uma dúvida, na parte das fraquezas da analise fofa aparece o fecho de empresas fábricas, eu vivo em alpiarça faz muitos anos, e diga-me nos últimos anos, em que fechos de empresas se basearam para colocar tal premissa nas fraquezas? eu posso andar desatento, mas a ideia que tenho é precisamente o contrário, é que têm aberto empresas em alpiarça, não fechado! (contando com empresas reais, não virtuais que somente prosseguem fins que não adianta discutir)
é que se a minha dúvida relativamente a esse ponto tiver fundamento, julgo que toda a vossa análise fica comprometida e consequentemente, dada a importância da mesma em tudo o que criaram em torno da mesma, nomeadamente o programaeleitoral fica fofamente comprometido

Anónimo disse...

Caro 23:22

O fecho de empresas /fábricas está considerado como AMEAÇA e não como FRAQUEZA. A diferença é obvia e creio que não requer explicação quanto à sua classificação.

O mundo global em que vivemos, especialmente no que às grandes multinacionais diz respeito esta é uma ameça relevante que não podia deixar de ser considerada neste trabalho.

António Teles disse...

Não é de falsas analises que Alpiarça precisa, Mas sim de obras e acções e só vejo uma equipa de candidatos a baterem-se contra a TROYKA que nos trouxe a esta situação pelas mãos do PSD e seus aliados e do PS .

Anónimo disse...

Caro António Teles, por favor não confunda a Troika nacional com o poder local. São coisas que não se misturam. Mas pergunto-lhe se até a CDU recorreu à troika para sanear as contas da Autarquia como podem indignar-se tanto contra as medidas do governo?
Numa coisa o falecido António Borges tinha razão e disse-o vezes sem conta – “temos estado a mais e precisamos de mais iniciativa privada”.

Não quero com isto dizer que devemos abandonar o estado social ou baixar os salários. Essas são ideias que nenhum europeu partilha e muito menos os Portugueses e muito menos eu. Mas é um dever de sobrevivência económica e social aliviar a carga do estado na economia.

Infelizmente o problema não se resume apenas ao peso dos salários nos orçamentos, mas antes à estupida máquina do estado que, de tão pesada e burocrática, impede, atrapalha e atropela a iniciativa privada, quer através da sua carga fiscal, da sua regulamentação e organismo fiscalizador (ASAE) e da própria justiça.

Como dar a volta a este problema?

Não pretendemos resolver todos os males da sociedade, mas podemos contribuir para corrigir algumas situações. No Programa Eleitoral do TPA um dos eixos estratégicos de desenvolvimento para o concelho assenta no Modelo de Governação. A autarquia não se deve substituir ao sector privado no que diz respeito à empregabilidade da região/concelho, mas antes constituir-se como um elemento facilitador e catalisador da iniciativa privada e do desenvolvimento económico e social no seu conjunto.

Entre as várias medidas apresentadas destaco o gabinete de apoio ao empresário, a comissão permanente para apreciar projetos de interesse municipal (PIM), uma politica fiscal atrativa, a incubadora de empresas, entre tantas outras que a seu tempo teremos oportunidade de explicar à população com todo o detalhe.

Quanto à sua observação, gostaria de perceber o que quer dizer por falsas análises. Estará a análise incorreta? Nesse caso a sua opinião é para ter em conta pois a SWOT não está fechada à discussão, nem tão pouco pretende ser a ultima do género que se faz sobre o concelho.

Quanto ás ações, na minha opinião, todas as que se realizam pelo poder autárquico devem de ser concertadas com um programa de desenvolvimento estratégico para o concelho. Quando isso não acontece caímos no erro tantas vezes repetido nas últimas décadas - a obra de fachada.

Disse-o na Assembleia Municipal e repito-o novamente, Portugal está de mão estendida, pedimos um resgate à TROIKA, por isso não podemos andar a gastar recursos que não temos em obras que não acrescentam valor económico ao concelho. É repetir o mesmo erro que nos levou a esta situação.

Só para terminar deixo-lhe uma reflexão. Há uma grande diferença entre um gestor Público e um gestor Privado. Quando a coisa corre mal para o Gestor Público, ou perde eleições ou é promovido para outra instituição pública. No caso do sector privado quando as coisas não correm bem o gestor tem a justiça à perna, os bancos à porta e o fisco a levar-lhe tudo o que tem em casa. E por aqui se percebe o nível de responsabilidade de quem trabalha no sector privado.

António Teles disse...

Para o seu expansivo comentário apenas esta simples resposta: Admite-se que haja humanos a ganharem menos de 200 euros por mês e outros tantos a ganharem mais de dois mil euros e outros ainda mais de cinco mil euros de reformas?Sabe muito bem que toda e esta politica é local, regional,nacional,europeia e mundial é a politica capitalista e da sua TROYKA com comunistas e tudo mas são estes na CDu e o BE em Portugal que lutam democraticamente no terreno e na Assembleia da Republica contra esta situação de fome e miséria. António Teles

Anónimo disse...

Caro Antonio Teles,

Discordo com tudo exceto num ponto. Devia de ser proibido num estado social como o nosso que pessoas não tenham condições mínimas de vida. Ninguém merece 200 euros por mês e o estado tem obrigação moral de olhar para todos os casos e nivelar as pensões para um nível aceitável possivelmente equivalente ao ordenado mínimo nacional, que já não é grande coisa, mas que seria muito mais justo que as pensões miseráveis de muitos.

Discordo quando diz que as pessoas não deviam ganhar mais do que determinado valor de ordenado. E digo isto porque considero que os ordenados deverão ser proporcionais ao valor que cada trabalhador contribuir para a organização ou instituição, e o mercado de trabalho livre através da lei da oferta e da procura encarregar-se-ia por nível os mesmos e evitar que disparassem para valores absurdos

Também não concordo que toda a politica é local, nacional e internacional no sentido em que o que nós fazemos aqui localmente tem influencia a nível nacional ou além fronteiras. O inverso sim acontece, porque as regras são impostas de cima para baixo e não de baixo para cima. Pessoalmente não considero que esta forma esteja errada, pois de outra forma seriamos ingovernáveis. Mas está errada e equivocada em termos de equidade das regiões, pois cada região tem uma dinâmica económica diferente, e quanto mais macro for a nossa análise maiores as disparidades entre regiões europeias e respetivas sub-regiões.

Não desvalorizando a luta que a CDU e o BE têm desenvolvido em prol dos mais desfavorecidos, não são com certeza os únicos a fazê-lo. Existem inúmeras organizações não governativas, fundações e associações que também o fazem.

Os próprios partidos com maioria no parlamento colocam em pratica medidas que visam proteger os mais desfavorecidos, se não diretamente, com certeza que indiretamente através de vários planos de desenvolvimento económico.

Não, de facto não apoio o que este governo está a fazer ao país, descapitalizando-o dos seus melhores talentos promovendo a emigração, e eliminando os fatores de competitividade.

Não tenho também a receita que faz o país andar para a frente, além do obvio que é mais investimento, melhores salários, mais consumo e maior criação de riqueza.

Mas a manta é curta e já vimos que algo fica de fora.

Talvez devêssemos fechar as fronteiras e impedir que não nacionais viessem consumir os nossos recursos. Talvez devêssemos aumentar o salário mínimo e diminuir os impostos pagos à SS (por aqui antecipo o colapso do sistema).

A saída não é fácil. A única solução passa pela renegociação da divida libertando liquidez para uma maior sustentabilidade do sector publico, permitindo baixar os impostos e atrair mais investimento.

E este é apena 1 em 100 formas diferentes de ver a saída para a crise.

Para concluir, permita-me dizer que não podemos nem devemos pensar que aqui localmente não podemos melhorar o concelho, proporcionando melhores condições de vida e mais oportunidades quer de desenvolvimento pessoal quer de trabalho profissional.



Cmpts Paulo Sardinheiro

José Carvalho disse...

Caro Paulo Sardinheiro... relativamente à SS, devo dizer-lhe que no global está deficitária. No entanto, a causa exclusiva desse défice é a CGA e não o regime geral (trabalhadores do privado). É verdade que a parte relativa aos privados não tem grande margem mas as contribuições superam as pensões a pagar. O problema é que a CGD paga o dobro das contribuições que recebe, daí o colapso do sistema. Não faço ideia se as subvenções vitalícias são pagas por esta entidade mas, sendo ou não, é sempre uma das "gorduras" estatais a retalhar... Mas, o maior problema do estado, são as ligações perigosas à banca e aos grandes grupos. Já sabia minimamente o que se passava mas o livro do José Gomes Ferreira é bastante elucidativo... aconselho.

Anónimo disse...

Não li ainda , mas está na lista para ser adquirido

Bagão Felix, não há muito tempo, descreveu o sistema da SS como um esquema de Ponzi, antecipando a sua rutura a uma distãncia de 8 anos.

Qual é na sua opinião a solução para inverter o colapso do sistema?

PS

José Carvalho disse...

A solução passa pela inversão das subvenções quando existem outros rendimentos, alteração do método de cálculo das pensões (coisa que já existe actualmente, salvo erro) passando a contar todo o período contributivo e não apenas os últimos 10 (salvo erro, era entre 10 e 2 anos) de vencimentos. Terá, também, de se atender ao cálculo das tabelas de esperança de vida. Não faz sentido que haja reforma se ainda estão no activo (como por exemplo a Presidente da AR ou o Presidente da República, Daniel Proença de Carvalho e muitos outros) ou que sejam pagas subvenções vitalícias quando há muitos que saiem dos vários governos para empresas privadas ou públicas, procedendo à acumulação de valores. Recentemente, surgiu um caso de uma telefonista do Ministério dos Negócios Estrangeiros que se reformou com uma reforma de quase Eur. 2.500,00... acho isso insultuoso. Aliás, anteriormente, havia muitos empresários que declaravam como rendimento Eur. 500,00 para, nos últimos anos (antes de pedir a reforma), aumentarem os vencimentos (mesmo que à conta da estabilidade das empresas) para valores muito mais elevados. Tendo em conta que não era considerado todo o período contributivo, a reforma atribuída era substancialmente superior. Como é óbvio, eram as empresas que pagavam os bens e estilo de vida do administrador (mais uma vez, descapitalização das empresas em prol dos administradores sem que esses montantes fossem devidamente tributados em sede de IRS dado que, na realidade, eram rendimento dos administradores e não um gasto da empresa).

Quanto ao problema do estado (em geral), resume-se às negociatas que existem por aí. Tirando a Jerónimo Martins e Sonae, todas as outras cotadas do PSI20 deixam muito a desejar. Já desconfiava mas após ler o livro (ainda não acabei), fiquei esclarecido.

Aliás, ainda ontem houve mais um escândalo após selecção da informação a fornecer ao FMI (que, por onde passa, deixa desgraça...). Assim, o FMI emite o relatório assente em pressupostos deturpados e indica que é necessário efectuar mais cortes ao nível dos salários (que, basicamente, é o que o Governo quer que se diga - mesmo que tal não seja verdade). Basta ir atrás da fuga aos impostos e executar TODOS os devedores. Caso não paguem, por cada Eur. 1.000,00 = 1 ano de prisão. Certamente que a lista baixava consideravelmente... O que não invalida que as dívidas públicas sejam mais que muitas. Não há rigor ao nível estatal... basta ver: quantos políticos e gestores foram condenados? O Isaltino anda aí, o Sócrates idem, o Cavaco continua no poleiro, Paulo Portas idem, Miguel Relvas, Santana Lopes, Mário Soares, Almeida Santos, o Ferreira do Amaral teve o desplante de negociar com a empresa para a qual iria como administrador directamente após a saída do governo (nem sequer se deu ao trabalho de recorrer ao "período de nojo"), Jorge Coelho e tantos outros. E empresários por aí, é o que há mais. Você pode abrir uma empresa com Eur. 1,00. Isso torna-o um empresário...? E os calotes? São calotes do estado às empresas e entre empresas que enterram este país. Enquanto não forem devidamente julgados e condenados... não se sai da cepa torta. Mas, a partir do momento em que o Tribunal Constitucional é composto por recomendações dos partidos políticos... está tudo dito entre a separação de poderes.

Resolva-se o problema da Justiça e ponha-se a Autoridade Tributária a funcionar... juntando-se as duas, muita coisa ia mudar neste cantinho à beira mar plantado...