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sábado, 26 de janeiro de 2013

O QUE INTERESSA É ALPIARÇA: "a politica promete vida fácil, prestigio e um enorme rol de oportunidades"

Ou somos explorados ou somos exploradores ? Isto é lá forma de definir a democracia ??

Eu percebo onde quer chegar ("CORAGEM DE MÁRIO SANTIAGO: " um aviso aos partidos...": ), mas engana-se na dualidade, pois no fundo somos todos explorados. Explorados pelos impostos, e pelos direitos e obrigações que a sociedade impõe. Ou pensa que é fácil ser patrão? Ter dinheiro para pagar os custos de produção, os salários e impostos e ter ainda a fantástica capacidade de realizar dinheiro para suportar a estrutura e as noites bem dormidas dos empregados .
Estamos todos pró mesmo e infelizmente o que há não chega para todos.
Por isso a politica é tão apelativa e há quem se desunhe para chegar ao pódio, mesmo que pelo caminho tenha que dar uns encontrões, engolir uns sapitos e passar por cima de  uns quantos. Na politica a velha máxima "estás comigo ou estás contra mim" aplica-se na integra e gente válida passa de bestial a besta em menos de nada, por isso às vezes quando pergunta-mo-nos "como é que este tipo está neste lugar?"
E porque será?
Bom, primeiro porque a politica promete vida fácil, prestigio e um enorme rol de oportunidades através das estruturas dos partidos que se infiltram em 50% da economia do País - o sector estatal
Segundo porque o modelo democrático assenta numa estrutura partidária, que a nível local chega a ser bipolar , Alpiarça é um exemplo disso.
Terceiro porque há uma má formação. Não me refiro às pessoas porque há pessoas válidas e não válidas em todo o lado, mas sim á má formação do País, da sociedade que se deixa comer pelos exploradores da fé e esperança de um amanha melhor e não questiona se o que lhes apresentam é a única alternativa possível.
No caso particular de Alpiarça apenas devo dizer o seguinte: 
relativamente ao Mário Santiago penso que ele representa uma parte de nós que se questiona sobre o porquê das coisas. Fê-lo aquando do IMI, fê-lo aquando da comissão de geminação, fê-lo quanto às homenagens no 25 de Abril e fê-lo em mais algumas situações. E muito sinceramente tenho apreciado a forma como este Jovem tem exercido o cargo na Assembleia Municipal. Diria até que Alpiarça ficará a perder se não renovar o cargo que ocupa por mais 4 anos.
 Relativamente aos candidatos às próximas autárquicas, independentemente de serem partidaristas ou independentistas, o que realmente importa para Alpiarça é que consiga eleger alguem que saiba cuidar do concelho nas suas variadas dimensões (socioeconomica, financeira, cívica e politica). A pergunta é: A quem devemos confirmar o nosso voto e quem melhor poderá desenvolver o concelho?
Não quero com isto dizer que os partidos não são importantes , claro que sim, pois trazem consigo uma estrutura que ajuda a resolver muitas das dificuldades. Mas Portugal e Alpiarça em particular irá perceber que o povo já não vai em cantigas e penalizará fortemente quem estiver conotado com o oportunismo e desonestidade.

7 comentários:

Anónimo disse...

As noites bem dormidas dos empregados são realmente quando num agradado familiar(casal com dois filhos) e só o homem trabalha e ganha o salário mínimo nacional.Nesta situação quem é que dorme bem, o patrão ou o empregado?

Anónimo disse...

Penso que o Patrão só pode ser directamente responsavel pelo seu colaborador, não pela familia inteira desse colaborador, essa responsabilidade é do trabalhador, apesar de indirectamente a empresa ser co-responsável pelo bem estar familiar dos seus colaboradores.

No que toca ao valor do salario infelizmente a tendência é decrescente no sentido do ordenado minimo. Há duas razões porque tal acontece, a primeira deriva da lei da oferta e da procura (de trabalhovs qualificações neste caso) e a segunda deriva do valor do trabalho desse colaborador , que não tem tanto a ver com a sua capacidade tecnica ou humana, mas sim com o resultado desse trabalho , ou seja, o produto ou serviço produzido e se este é bem pago pelo cliente ou não.

Anónimo disse...

Quem dorme melhor depende do montante de responsabilidades que cada um tem de cumprir ou do valor das dívidas que tem para pagar

Anónimo disse...

Para alguns, os empresários são todos ricos.
É verdade que existem, mas uma boa parte, e nomeadamente os novos empresários não terão motivos para sofrer grandes invejas.
Verdade também é que qualquer que não queira ser empregado pode tentar ser patrão.
Verdade também é que por muito mal que as coisas vão e por muito baixo que seja o subsídio, só agora parece que vão ter protecção social.
Em resumo, há mais uma classe que deveriam considerar que é a dos pequenos e médios empresários, que sem benesses do estado lutam para sobreviver, e à vez podem ser explorados e exploradores.

Anónimo disse...

Já pagámos o suficiente, suspendamos o pagamento!
Para a banca não vão apenas as injecções directas do governo. Vai também a fatia que o próprio Estado tem que pagar devido à dívida dita soberana que contraiu junto deles: este ano serão €7164 milhões, só em juros. E é preciso não esquecer que as famílias trabalhadoras deste país continuam altamente endividadas à banca devido sobretudo aos empréstimos que contraíram para aquisição de habitação.
Durante décadas pagamos casas que, todos temos a noção, estariam pagas e mais que pagas ao fim de alguns anos se não fossem os juros exorbitantes. Tal como estão pagas as pontes e auto-estradas, e apesar disso continuam a cobrar-nos portagens! Para bem da Brisa, da Mota-Engil…
Não é lícito então supor que a dívida do Estado português está igualmente a ser inflacionada por juros extorsionários, como as nossas casas, pontes e estradas? Se calhar a dívida pública está paga e mais que paga! Fizesse-se uma auditoria independente, e logo se veria…
O povo português está farto de pagar, e para os mesmos de sempre!

Expulsar o governo e a troika, acabar com a austeridade
Na época atual, o endividamento é uma forma privilegiada de acumulação de capital, ou seja, de enriquecimento dessa minoria de banqueiros e financeiros que nada faz de útil à sociedade e que vive da compra, venda e especulação com os títulos de dívida. E que não se importam absolutamente nada de afundar povos, economias e países inteiros, desde que garantam os seus lucros. E que faz o governo? Alimenta o polvo. Rouba de quem trabalha e tudo produz para dar a essa minoria que nada produz.
Pela nossa parte, dizemos que o que é preciso alimentar é a indignação e a revolta. “Avisar toda a gente”, como diz a canção. Pôr nas ruas um novo 15 de Setembro, lutar contra a miséria crescente que nos querem impor. Organizar em todo o lado para uma mudança política a sério, que lance as bases duma economia ao serviço da maioria, liberta das garras do capital.
O primeiro passo para essa mudança de fundo é a demissão deste governo, a retirada de todas as medidas de austeridade, a expulsão da troika de Portugal.
* «dados do DN de 31/ dezembro»

Anónimo disse...

A sociedade mercantilista é mesmo muito contraditória. Apesar de sabermos que vivemos de meios limitados, onde a escassez determina, inclusive, a existência da economia como ciência, adoptamos um modelo que, longe de dar conta de suprir as necessidades mais primárias da população, dá-se a criar necessidades supérfluas, uma espécie de passatempo permanente no qual se consomem as vidas sem que haja possibilidade de parar para pensar no porquê. De um lado, a super-oferta de novidades entretém os entusiastas desse alpinismo, que esperam encontrar a razão da existência no cume das possibilidades materiais - o êxtase dos prazeres plenamente satisfeitos. Ficarão surpresos ao chegar lá em cima e ainda assim ter a sensação de que há algo mais a satisfazer - sem saber o quê. Outros morrerão de fadiga no caminho. Do outro lado está a massa humana que não compreende como tudo é possível e, contudo, suas necessidades tão simples são impossíveis de satisfazer.
Um sistema irracional, enfim, que nega a capacidade humana de trabalhar com inteligência. Mas no fundo, é tudo falta de amor, tudo obra de seres rancorosos que não gostam de pessoas, de animais ou de plantas. Não é à toa que sonham ir morar na Lua. Gostaria eu mesmo que fossem, mas que deixassem a Terra ainda fértil para aqueles que gostam dela. Mas não, consumi-la-ão todinha, até o último caroço como uma praga que infesta e apodrece uma fruta.
Façamos, então, pelo fim desse sistema parasita.

Anónimo disse...

A sociedade consumista/capitalista promete preencher vazios. Resta uma dúvida: os produtos e serviços à venda preencheram a injustiça social contra aqueles que não possuem meios para consumir o mínimo para a sua subsistência??