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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

NADA MUDOU PARA TUDO CONTINUAR NA MESMA


Noticia publicada em 18.01.12



PROJECTO CONTRA A POBREZA: Um projecto que o Executivo da CDU e a ARPICA não conseguem colocar em prática 

O “Projecto Contra a Pobreza” apresentado e iniciado pela Fundação José Relvas foi retirado à Fundação depois de algumas peripécias pelo meio para acabar por ser entregue à “ARPICA” (Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Alpiarça). Um projecto que continua “guardado” dentro de uma qualquer gaveta à espera de melhores dias e que já levou com que a Segurança Social deixasse de se interessar e de apoiar o mesmo. Um projecto que em nada dignifica as entidades envolvidas por não chagarem a um acordo por “questões políticas”. O “Projecto Contra a Pobreza” remonta desde que a ex-presidente do município, Vanda Nunes, independente eleita pelo PS, recusou assinar o projecto porque dos 525 mil euros de orçamento, ao abrigo dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS), 363 mil euros eram destinados a pagar os ordenados. Mário Pereira era então “vereador na oposição e manifestou-se também contra os elevados vencimentos. Após ganhar as eleições autárquicas, Mário Pereira não mudou de opinião mas tentou chegar a um acordo com a fundação, só que esta mostrou-se sempre contra a possibilidade de mexer nos ordenados. Já o presidente da Câmara, Mário Pereira entendeu que o projecto deveria passar para a “Arpica” e coordenado por esta associação adiantando ainda na altura que “iria ser preparado um novo plano de acção” com a colaboração da associação para que “esta iniciasse o projecto o mais rápido possível”. O “plano de acção” que iria ser preparado pela Arpica como a escolha do coordenador do projecto e respectivos técnicos nunca teve pernas para andar porque seria sempre difícil para a associação de idosos sustentá-lo dado a sua debilidade financeira ou falta de recursos que é bem visível nas suas instalações onde se pode ver no interior da associação alguns contentores para os mais diversos usos. Se tivesse recursos financeiros teria sim outra qualidade de instalações e não contentores. Presentemente o projecto de luta contra a pobreza em Alpiarça continua num impasse que já levou a que lhe fosse retirado o apoio que a Segurança Social pretendia dar ao projecto. Salientamos que os “Projectos Contra a Pobreza” apresentados a nível nacional foram todos aprovados e já se encontram a funcionar excepto o de Alpiarça que pelas razões descriminadas foi o único que ficou de fora Resta-nos publicar parte de um artigo já publicitado em devido tempo mas que se mantêm actualizado: 

ALPIARÇA - “CARTA ABERTA” DE UM LEITOR"

  "Não tendo por hábito, nem pretendendo adquiri-lo, desta vez atingi o ponto de ruptura e tenho que desabafar. É vergonhoso ver a Câmara Municipal de Alpiarça deitar dinheiro assim fora, mais ainda desperdiçar um projecto que visava colmatar um tão grave problema na nossa sociedade: o combate à POBREZA. Ao contrário do que foi dito, e pelo que me apercebi, o objectivo deste projecto não era dar esmolas, mas sim ensinar, quem delas precisa! A gerir os seus parcos rendimentos e cria-los, através do trabalho! Infelizmente tal nunca foi percebido por quem de direito, e limitaram a discussão ao salário dos responsáveis pela implementação do projecto. O actual executivo continuando uma anterior teimosia optou por retirar o parceiro inicialmente escolhido, optando por sua livre iniciativa por um novo parceiro – a fim de este ficar encarregue pela implementação do dito “projecto contra a pobreza”. Chegou agora o veredicto de quem de direito. O projecto foi chumbado, por não reconhecerem as qualidades e capacidades ao parceiro indicado pela Câmara Municipal de Alpiarça. O que me saturou, nem foi o “deitar dinheiro à rua”, foi sim, a falta de conhecimento que os responsáveis pelo destino deste município têm das Instituições. Numa atitude de sobranceria a que estão habituados localmente propõem uma entidade amiga para gerir um projecto mas quem tem que apreciar capacidades diz: “Não, porque esses não têm capacidade para o fazer”. É pena que assim suceda. É pena que a falta de visão seja tanta que é preciso vir “Inquisidor” dizer que isso assim não pode ser. 
É público.
É uma vergonha!........”

2 comentários:

Anónimo disse...

Nada Mudou? - Um desvio de 100 e tal mi euros que até hoje ninguém foi responsabilizado.

Anónimo disse...

"o objectivo deste projecto não era dar esmolas, mas sim ensinar, quem delas precisa! A gerir os seus parcos rendimentos e cria-los, através do trabalho!"

E para isso era preciso gastar 363.000 euros?
Acabam com RSI e criam o TSI (Trabalho Social de Inserção), em que os milhares de subsidio-dependentes saudáveis ficam ao serviço de organismos públicos ao dispor para o trabalho que houver para fazer.
Tal como um normal trabalhador, só ganham o dia se se apresentarem junto do coordenador do trabalho.
O que não falta é coisas para fazer, inclusive auxiliar outros pobres colaborando com as instituições de solidariedade social.
De certeza que criam hábitos de trabalho e sabem que o dinheiro não aparece estando todo o dia no café.