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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mais ricos colocam 26 biliões em paraísos fiscais para evitar pagar impostos

 A existência de paraísos fiscais está a custar muito caro aos países do mundo, uma vez que os mais abastados estão a ‘esconder' entre 17,2 e 26,3 biliões de euros.
A existência de paraísos fiscais está a custar muito caro aos países do mundo, uma vez que os mais abastados estão a ‘esconder' entre 17,2 e 26,3 biliões de euros nestas praças, revelou ontem o estudo "O Preço das ‘Offshores'", encomendado pela ‘Tax Justice Network', uma organização criada pelo Parlamento britânico.
Segundo o autor do relatório, James Henry, antigo economista-chefe da consultora McKinsey, a grande quantidade de dinheiro colocada pelas elites super-ricas do planeta nos paraísos fiscais - equivalente às economias dos EUA e do Japão combinadas - representa uma perda de receitas fiscais por parte dos governos do mundo na casa dos 230 mil milhões de euros, afectando em particular um total de 139 países em desenvolvimento.
"As receitas perdidas calculadas pelas nossas estimativas é enorme. É grande o suficiente para fazer uma diferença significativa nas finanças de muitas nações", disse Henry, que usou dados fornecidos pelo Banco Mundial, FMI, BIS e pelos bancos centrais. Sublinhando que a sua análise só se centrou na riqueza depositada em bancos e nas contas dos fundos de investimento até ao fim de 2010, e não em outros bens como propriedades imobiliárias e iates. James Henry notou que, "de um certo ângulo, este estudo até constitui uma boa notícia, pois graças a ele o mundo acaba de localizar uma enorme quantidade de riqueza financeira que pode ser chamada a contribuir para a solução dos problemas mundiais mais graves", em particular a crise financeira.
Segundo as estimativas do estudo , desde os anos 70 do século passado, os cidadãos mais ricos de 139 países em desenvolvimento acumularam em ‘offshores' entre 6 e 7,6 biliões de euros em "riqueza não declarada". O dinheiro privado escondido em ‘offshores' é "um enorme buraco negro na economia mundial, avisou James Henry.
«DE»

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