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domingo, 24 de junho de 2012

Jerónimo de Sousa acusa PS de "falsa posição de neutralidade"


O secretário-geral do PCP acusou hoje o PS de “falsa posição de neutralidade” e de estar mais preocupado com a estabilidade do Governo do que com a vida dos trabalhadores, ao abster-se na votação da moção de censura.
Jerónimo de Sousa, que falava em Alpiarça, no final da IX Assembleia da Organização Regional de Santarém do PCP, afirmou que “há atitudes que, vindas de onde vêm, deixam claro o seu real autoproclamado posicionamento de força de oposição”, numa referência à “violenta abstenção” anunciada pelo PS à moção de censura ao Governo apresentada pelos comunistas, que será votada na segunda-feira no Parlamento.
“Estão muito preocupados com o Governo, com a sua estabilidade, mas nada preocupados com a vida dos trabalhadores e do povo, com a desestabilização social que está a ser imposta, por isso anunciaram mais uma violenta abstenção para amanhã (segunda-feira)”, afirmou.
Para o secretário-geral do PCP, as “ameaças” e as “esporádicas zangas” do PS “não passam de meros jogos de foguetório verbal para dar vida às artes da política espetáculo que tem alimentado a política de alternância sem alternativa que conduziu o país a esta situação”.
Jerónimo de Sousa afirmou que a moção de censura ao Governo “é uma iniciativa de um partido que se distingue pela sua coerência no combate à política de direita que há décadas compromete a vida dos portugueses, de um partido que não condescende perante injustiças e desigualdades”.
Para o dirigente comunista, a moção censura surge porque o PCP acredita que “existe uma outra solução para o país, que o caminho que está a ser seguido não é uma fatalidade”, e que é possível a formação de um Governo “assente na rejeição do pacto de agressão, na renegociação da dívida, na reavaliação dos prazos, na redução dos juros e dos montantes”.
O secretário-geral do PCP frisou que a moção de censura apresentada pelo seu partido é “não só oportuna como tem toda a razão de ser”, pela necessidade de confrontar o Governo com a grave situação económica e social que o país atravessa, por dar expressão à luta que o povo está a travar e pelo “empobrecimento” e “afundamento nacional” que o país está a viver.
«Lusa»

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei de ouvir, e agora de ler, a intervenção do camarada Jerónimo especialmente na parte no que diz respeito ao PS e à moção de censura"...mas nada preocupados com a vida dos trabalhadores e do povo" mas é uma pena que os trabalhadores e o povo não vejam o PCP como partido de poder mas como partido de festas. Há sempre outra interpretação que é a de que não existe tantos trabalhadores e povo como se pensava!
Depois relativamente à divida e ao memorando de entendimento diz o camarada Jerónimo no que diz respeito ao que deveria ser a posição do governo" a rejeição do pacto de agressão, na renegociação da dívida, na reavaliação dos prazos, na redução dos juros e dos montantes" mais uma vez é uma pena que tenha sido o governo português da altura quem pediu o dinheiro emprestado e não os outros que o ofereceram, estes apenas impuseram condições que o tal governo aceitou.
Depois fala em reavaliação dos prazos, na redução dos juros e dos montantes só resta saber duas coisas de somenos importância:
1ªE se os credores não aceitassem essa reavaliação dos prazos,redução dos juros e dos montantes não pagaríamos?
2ª E se não pagássemos e o dinheiro da troika deixa-se de entrar como se pagariam as prestações sociais e os salários dos funcionários públicos?
Por ultimo, e mais uma vez,à voz de comando do PCP, lá foram os alpiarcenses para o largo dos Águias ouvir o camarada falar do PS, da Troika e da moção de censura!
Nem uma palavra sobre os problemas de Alpiarça, sobre as promessas que o seu partido fez durante a campanha eleitoral e agora não está a cumprir, sobre o que o pensa o partido fazer para dinamizar o crescimento de Alpiarça.
Mas quando sugiro manifestações de desagrado junto ao edifício da Câmara Municipal pela falta de perspectivas de futuro para Alpiarça e dos seus habitantes ninguém comparece como se tudo tivesse no melhor dos mundos e se, eventualmente, alguma coisa está mal a culpa é do PS que governou antes a câmara ou das politicas e direita dos governos centrais, nunca da incapacidade do governo municipal!
Deixemo-nos de foguetórios e vamos mas é todos para o lugar próprio, frente aos Paços do Concelho, exigir a quem ganhou as eleições que cumpra, no mínimo, aquilo que prometeu