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sábado, 21 de abril de 2012

UGT e PS são "bombocas"

"Há quem ande por aí a fazer o papel de arrependido do aval que deu  no conselho de concertação social a um traiçoeiro e falso acordo, porque  afinal as medidas para o crescimento económico, para o combate ao desemprego  não se veem e ainda por cima, dizem eles, o governo vai além do combinado  no agravamento nas medidas", afirmou Jerónimo de Sousa no seu discurso de  encerramento da 10. Assembleia da Organização Regional do Porto que decorreu  hoje na Maia. 
Logo acrescentou: "Não sabiam de antemão que era assim? Se não fosse  uma coisa tão séria poderia dizer-se: são mesmo uns bombocas, estes sindicalistas  e este PS". 
O secretário-geral lamentou que sindicalistas e PS tenham entregue "de  mão beijada direitos fundamentais conquistados por gerações de trabalhadores  a troco de nada, a troco de palavreado oco". 
"E querem que levemos a sério as suas lágrimas de crocodilo, mas isto  vai dar sempre ao mesmo. Resmungam, resmungam mas alinham sempre com o essencial  da política de direita", assinalou. 
Sobre a execução orçamental, o líder comunista salientou que Portugal  está "afundado numa recessão económica sem precedentes", destacando "a verificação  na execução orçamental que o défice deste trimestre é o dobro do mesmo período  do ano passado, com menos receita e mais despesa, portanto recessão sobre  recessão". 
"Em relação à evolução da situação económica, a queda do PIB previsto  para o presente ano é já o dobro da anunciada aquando da assinatura do pacto  e as projeções conhecidas dizem que a situação não fica por aqui", sublinhou.
Para Jerónimo de Sousa "a ilusória retoma de que fala o Governo é desmentida  mês após mês pela real evolução do país e por uma evolução da economia que  continua em queda livre". 
"Este governo, tal como um aprendiz de feiticeiro, age deslumbrado pela  possibilidade de superar o resultado previsto nas receitas dos mestres da  manigância e da traficância do capitalismo dominante, carregando na dose  da poção para mostrar serviço aos senhores do capital a quem serve, alheio  às consequências para o país e para vida dos portugueses", criticou. 
Ao longo de pouco mais de 30 minutos, durante os quais foi várias vezes  interrompido por ovações e palavras de ordem da plateia, Jerónimo de Sousa  voltou a defender a renegociação da dívida, a lamentar o aumento do desemprego  em Portugal, a criticar as transferências para a banca e o "desmantelamento  do sistema de proteção social" e a lembrar a necessidade de recrutar novos  militantes para o PCP até atingir "a meta de 200 novos até março de 2013".
Lusa

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