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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Não sejamos hipócritas!

 Não sejamos hipócritas!
A lei que o governo quer criar obriga unilateralmente os funcionários a terem de se deslocar, mas sem qualquer benefício.
Imagino que muitos que apoiam a medida estão prontos a PAGAR do SEU BOLSO os custos da mudança.
Ou seja; está a pagar com dificuldades uma casa em Alpiarça e é mandado para Coimbra sem qualquer compensação monetária.
Diz ainda o projecto de lei que é obrigado a aceitar desde que não implique mais de 2 horas de viagem para cada lado.
Claro que se não comprar casa, apanha o comboio para Coimbra e suporta as despesas (que devem ser baratas) e vai trabalhar para aquecer.
É que a lei em discussão não prevê qualquer custo para o Estado.
Por favor, deixemos de ser fundamentalistas e cegos.
Se me disserem que alguém colocado em Alpiarça é obrigado a ir para a Chamusca, Almeirim ou Santarém, tudo bem, e concordo com isso.
Agora o que foi noticiado não é nada disso!
Acho que qualquer um estará receptivo se lhe forem aplicadas as mesmas condições que aos Srs. deputados ou aos Srs. ministros.
Ou se, como é do conhecimento público, vier um motorista buscar e trazer o funcionário como é comum fazer aos políticos.
Por acaso até gostaria de ver alguns comentadores, com família, ganharem 700 ou 800 euros e serem obrigados a deixar a actual situação e serem colocados em Freixo de Espada à Cinta.
Como dizem os brasileiros, "pimenta no cú dos outros é refresco" 
Noticia relacionada:
"Daqui não saio!":

4 comentários:

Anónimo disse...

Principais medidas da lei

Serão colocados no quadro de excendentários os funcionários de serviços extintos, fundidos, reestruturados, ou alvo de racionalização de efectivos, que não sejam transferidos para outros organismos.

Os trabalhadores nesta situação mantêm vencimento base nos primeiros três meses, mas perdem subsídios de alimentação, deslocação ou risco. Entre os dois meses e os dez meses de permanência na bolsa perdem 1/6 do vencimento-base e o trabalhador terá de fazer "acções de requalificação". Ao final do ano, a redução salarial passa a ser de 1/3 do vencimento-base.

Atribuição de licença extraordinária, com mínimo de um ano de duração, permite acumulação de parte do vencimento da função pública com vencimento de emprego no sector privado, o funcionário pode acumular o seu ordenado no privado com 70 por cento do que recebia no quadro de supranumerários, por um período de cinco anos. Depois de cinco anos, o valor desce para 60 por cento. Ao fim de dez anos o funcionário só recebe metade do valor, perdendo os subsídios de férias e Natal.

O diploma prevê uma fase de "transição" e "requalificação", em que o funcionário no quadro de excedentários tem o dever de frequentar as acções de formação e requalificação profissionais que lhe forem indicadas e não pode exercer outras actividades.

A primeira recusa de reinício de funções leva a uma redução da remuneração de 25 por cento. Uma segunda recusa leva a uma licença sem vencimento de longa duração.

Fonte:(PÚBLICO)

Anónimo disse...

Como qualquer trabalhador privado, têm que habituar-se que o seu local de trabalho é "onde for necessário para a «empresa»" E se não estão contentes, a rua é o caminho!

O patrão dos FP's é o país e o local de trabalho é no país!
Quem não está bem muda-se.
Há milhares de jovens de jovens mais produtivos prontos para substituir os descontentes!!

Anónimo disse...

Sr comentador, pode viver em Marte, mas ainda há (por enquanto) leis neste País. Os trabalhadores do privado, e sei do que falo, têm legislação com direitos e deveres.
Na presente conjuntura parece que os trabalhadores deste País só têm DEVERES, e que trabalhar é um privilégio.
O próximo passo será pagar para trabalhar?
Essa é a ideia que andam a pretender passar duma forma hipócrita.
Curiosamente os mesmos trabalhadores emigram e passam a ser considerados dos melhores do Mundo.
A ideia que pretendem passar é a que os culpados de todos os males são os funcionários públicos.
Mas pergunto eu ingenuamente:
- Foram eles que por sua alta recreação encheram o Estado? Ou foram os políticos que para "martelar" os indicadores de desemprego admitiram 5 onde só era preciso 1?
- Quantas chefias artificiais (normalmente boys) se criaram por via do aumento dos quadros de pessoal?
- Foram eles que criaram leis, leizinhas e leizotas, que tornam inviável qualquer empresa laborar em Portugal?
- Foram eles que impuseram gastos de milhões com PPP's, Fundações da treta, Jobs for Boys e demais mordomias e esbanjamentos?
- Foi o funcionário público de base que criou 20 organismos para tratar do mesmo assunto?
Por último diria-lhe que a história dos jovens à procura de emprego é uma falácia.
Como em tudo, há os que querem trabalhar e os que procuram emprego.
Eu comecei a trabalhar a seguir ao 25 de Abril, e na altura com estudos acima da média fui para operário.
Mas já no meu tempo gente com menos habilitações que eu, só aceitava emprego se fossem para administrativos.
Há muitos anos que se conhece gente licenciada a conduzir taxis, a trabalhar nos macdonalds, em cafés e restaurantes.
Mais tarde ou mais cedo essa experiência é reconhecida e evoluem na carreira.
Outros, como diz o Passos Coelho, são piegas e acham que o caminho não é eles evoluírem, mas por intervenção divina (Estado) criarem-lhe um posto de trabalho. Se possível bem remunerado, e com poucas chatices...

Anónimo disse...

http://www.ionline.pt/portugal/passos-coelho-fala-incentivos-secretario-estado-diz-nao-estao-previstos

".../ Pelo que o secretário de Estado da Administração Pública disse aos sindicatos no final da reunião com os mesmos, o executivo não está a prever conceder incentivos financeiros, mas apenas no âmbito das carreiras."

".../Adianta ainda que o decreto-lei que define os incentivos à mobilidade geográfica é revogado. Ou seja, os trabalhadores terão de aceitar a transferência, sem direito a subsídios de deslocação, residência ou ajudas de custo."

O que se chama: TRABALHAR PARA AQUECER