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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Chuva de estrelas


"Sou uma pessoa de fé, esperarei sempre que chova", disse a ministra da Agricultura, acrescentando: "Se não vier, não perderei a minha fé mas teremos de actuar em conformidade". Trata-se de uma devota disposta a qualquer coisa se as suas crenças falharem. Não é mau. Duarte Marques, líder da JSD e deputado, considera o combate ao desemprego "uma questão de fé". Passos Coelho e Vítor Gaspar, contra todos os números e factos, acreditam no crescimento. E nada farão para mudar a mão invisível de Deus, do mercado, do fadinho ou da sorte.
As sucessivas intervenções do ministro das Finanças confirmam que tem convicções inabaláveis. Recentemente, quando um aluno da London School of Economics lhe perguntou como se faria o crescimento, remeteu para a recuperação cíclica. Pronto. O que desce também sobe, o que arde cura e o que pica fura. É com esta fé obstinada, cretina e desresponsabilizante que nos governam. A troika é a santíssima trindade, o que é preciso é muita força e a chuva, tal como o emprego e o crescimento, há-de cair do céu. Mesmo que, entretanto, seja o céu a desabar em cima da nossa cabeça.
De um leitor

3 comentários:

Anónimo disse...

Sócrates até o dia em que saiu do Governo acreditou no crescimento e mostrava números. Verdade?Ele bem em Paris e os portugueses pobres pagam a crise. O ministro das finanças hoje é professor de Economia na Universidade!

Anónimo disse...

Não tenham duvidas Portugal está erremediavelmente perdido e vai morrer muito portugues á fome como reformados e doentes crónicos.

Anónimo disse...

Só banindo do espectro político todos os seus actores, Portugal pode acreditar em mudanças de mentalidade. A ganancia e a falta de escrúpulos da actual e anterior classe política levou o Estado a este estado.