.

.

.

.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

NÃO a gente incompetente e corrupta?

 Estou em parte de acordo com o autor do texto. E digo em parte por que qualquer Sociedade organizada precisa de políticos. Claro que não necessita de gente incompetente e corrupta na política. Essa é outra história.
Dirão alguns que gente incompetente e corrupta existe em todos os sectores. Pois existe mas, há que acabar com ela agindo de modo firme e em tempo útil sem contemplações até à sua recuperação como gente de bem.
E como se faz? Educando. Educando de que maneira? Com os mecanismos legais que o cidadão tem ao seu alcance ou em última instância à maneira antiga, convincente (!) - digo eu.
Em suma, até lá os políticos estão aí bem ou mal nos seus pelouros (que ganharam democraticamente, como soa dizer-se) e, continuam a ser, em meu entender, um mal necessário.
De um leitor
Noticia relacionada:

1 comentário:

Anónimo disse...

O caminho está a ser feito e os passos são dados subtilmente, ao propagandear que, afinal, o subsídio de desemprego não é mais do que um empréstimo a fundo perdido[i], como se o trabalhador não tivesse contribuído para o seu próprio subsídio de desemprego, e que mais valeria atribuir esse dinheiro às empresas, para que estas pudessem criar emprego. A onde chegámos?! Não tarda nada e os desempregados que recebem subsídio de desemprego deixarão de o receber, porque são uns malandros que estão a receber um empréstimo a fundo perdido.
Não tarda, e iniciarão um ataque, sem precedentes, ao próprio conceito de salário mínimo, porque a ‘direita’ quer um mercado de trabalho sem qualquer intervenção do Estado e dos representantes dos trabalhadores[ii] e anseia pelo dia em que as empresas negoceiem sem ter de obedecer a algo tão básico como o limite de um salário mínimo, porque afinal de contas, o salário mínimo é um entrave para colocar a trabalhar quem quiser, por um valor inferior.
Numa cultura que valoriza o trabalho pelo trabalho, em que ainda se cultiva o «pobre, mas honrado», porque quanto mais se trabalha e menos se ganha, mais se é valorizado, é perigoso acabar com o que são considerados patamares mínimos, como o RSI e o salário mínimo. Contudo, esse é o caminho que se tem vindo a trilhar, com o intuito de comprometer o valor e a dignidade do trabalho.
Este é um caminho que não se faz somente em Portugal, encontramos este mesmo caminho em outros países onde grassa o desemprego. As pessoas desesperadas por estarem desempregadas e sem qualquer apoio do Estado, sujeitam-se ao trabalho mal pago (valores inferiores ao mínimo) e à precariedade, porque precisam de comer e porque, ao contrário do que é dito, a maior parte das pessoas procura a sua realização pessoal através do trabalho.
Alguém desempregado, sem acesso ao subsídio de desemprego ou a alguma compensação do género do RSI, facilmente aceita trabalho a qualquer preço e é esse o lugar para onde caminhamos. É isso que queremos? Queremos trabalhar para comer pão de ‘roca-de-velha’, para alimentar uns quantos que comem pão-de-ló? Quando é que acordamos e aceitamos que é perfeitamente possível que todos nós podemos comer pão-de-ló? Bastará para tal, termos uma adequada divisão da riqueza. Não se trata de ‘nivelar por baixo’, mas de sermos capazes de lutar por patamares mínimos que assegurem a sobrevivência e que valorizem o trabalho.