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domingo, 29 de janeiro de 2012

1º PASSEIO FOTOGRÁFICO

Alcácer do Sal, 28 de janeiro de 2012

Foto de grupo dos participantes no 1º Passeio Fotográfico, organizado pela Secção de Fotografia da Sociedade Filarmónica Alpiarcense - 1º de dezembro.
( Relato do passeio actualizado)

Eram quase dez da manhã do passado 28 de janeiro quando o autocarro e viaturas particulares chegaram a Alcácer do Sal, perante um sol primaveril mas com uma temperatura bem invernosa. O mercúrio não ia para além dos 8° C.
Estava a começar o 1º Passeio Fotográfico Alcácer – Carrasqueira, promovido pela Secção de Fotografia da Sociedade Filarmónica Alpiarcense 1º de Dezembro. Compareceram à chamada 55 passeantes, não só de Alpiarça, mas também de Castelo Branco e de Lisboa, passando por Tomar, Abrantes, Almeirim, Santarém e Portalegre.
A receber este grupo de entusiastas da fotografia estavam elementos do Turismo de Alcácer do Sal, cuja autarquia apoiou a iniciativa, assim como uma pequena merenda oferecido por outro apoiante, o Pingo Doce.
Com o mais diverso tipo de máquinas, umas, autênticas bazucas (com camuflado e tudo), outras, a caber num bolso de umas apertadas calças de ganga (deixando envergonhado os das ... bazucas), ala, que eles aí vão. Pelas margens do Sado, pelas ruelas da parte velha de Alcácer, uns direito à igreja de Santiago, outros mais entretidos com pormenores de fachadas, outros ainda à procura da capela das onze mil virgens, quase todos até lá acima, à igreja de Santa Maria do Castelo, as máquinas disparavam a torto e a direito, a registarem olhares e emoções.
De permeio, para ver, conversar e fotografar uma velha senhora que, num lavadoiro, junto à Fonte Nova, datada de 1721, fazia aquilo que já raramente é observado nos dias que correm: lavar roupa à mão, num espaço público. Ou observar numa loja, na baixa de Alcácer, dezenas de antiquíssimas telefonias e transístores, capas de velhos discos de vinil e de muitas outras preciosidades ou ainda, mais adiante, meter conversa com vendedoras do mercado.
Após o almoço, o destino foi o porto palafítico da Carrasqueira, já na Reserva Natural do Estuário do Sado. Rezam os roteiros turísticos que é humanamente povoada desde há cinco mil anos.
E por aí se ficou, à espera da maré cheia e do pôr do Sol. Segundo a voz de um pescador, nunca se tinha visto tanta máquina fotográfica junta naquele emaranhado de passadiços, assentes em estacas, algumas mais para lá do que para cá.
As horas ali passadas foram de bela confaternização não só entre passeantes, mas também com pescadores que, aqui e ali, não se fizeram rogados em contar experiências de vida e ensinamentos sobre a faina e a fauna marítimas.
E como nem só da pesca vive a Carrasqueira, já lusco fusco, os fogachos de uma queimada de restolho nos canteiros de arroz, ali mesmo ao lado situados, foram outro motivo de registo fotográfico. E como as emoções não podem estar dissociadas do registo das imagens, mais uns quantos dedos de conversa com o agricultor.
A cada participante vai ser solicitado o envio de uma fotografia à organização do 1º Passeio uma vez que, segundo Vítor Lopes, da Secção de Fotografia, há a possibilidade de, com a Câmara de Alcácer, se efectuar nesta cidade sadina, uma exposição fotográfica.
Enquanto se espera pelo 2º Passeio, a Secção de Fotografia da “Música” tem já agendado para o próximo dia 25 de fevereiro um workshop intitulado “Para além da camera” e, tendo em conta o sucesso que foi a 1ª Maratona Fotográfica de Alpiarça, realizada no verão passado, a Secção foi convidada a organizar a Maratona de Santarém, a decorrer em Março.

Por: Ricardo Hipólito

«SFA»

1 comentário:

Anónimo disse...

Em primeiro lugar dar o devido relevo à iniciativa e à sua importância e simultanêamente enfantizar também a realização de "workshop" sobre o tema o que dá uma outra consistência à realização. Muito bem!!!!
No entanto ocorre-me fazer algumas considerações que, se me permitem, me parecem oportunas.
Recordo que recentemente se realizou em Vouzela o II Encontro de Fotografia de Natureza e de Vida Selvagem, encontro esse amplamente divulgado na comunicação social e que teve a presença de um importante fotografo espanhol mundialmente reconhecido nesta especialidade, José B. Riuz.
Neste sentido gostaria de referir a importância que tem a não existência de uma Casa da Cultura no nosso concelho que pudesse congregar todas estas actividades e outras que, em permanencia, levassem os nossos jovens a interessarem-se por estas coisas da Arte; isto não invalidada que no quadro actual outras entidades e outras pessoas tomem essas iniciativas.
Simultâneamente julgo ser importante a exemplo do que foi feito em Vouzela que estas iniciativas se traduzam no final numa exposição dos trabalhos para que a população se possa deliciar com as suas belezas, refiro-me à no imediato à Maratona de Fotografia mas será válido para todas as futuras actividades.
Por último gostava de chamar à atenção de que não será necessário deslocarmo-nos muito longe para termos ambientes raros onde pudemos dar asas à nossa criatividade fotográfica; o ecosistema do Paúl da Gouxa, mundialmente reconhecido e impar na sua fauna e flora é um local preveligiado para este tipo de acções pena é que o mesmo esteja completamente desprezado apesar das obras que foram realizadas e dos dinheiros que nos foram dados e que só parcialmente lá foram aplicados. A importância desta iniciativa seria tanto mais relevante porque obrigaria os responsáveis a olhar para esta zona de uma maneira diferente e ao mesmo tempo daria a conhecer; ainda mais ao Mundo esta beleza Natural.A fotografia tem este sortilégio que se por um lado é uma Arte e que pode aumentar a beleza das coisas tem, no seu aspecto realistico a maneira de nos dar a visão da realidade das coisas e aumentar em nós a nossa consciência da importância destes pequenos OÁSIS e que para nós pequeno Concelho e de recursos reduzidos tudo o que seja para atrair interesses será sempre bem vindo tanto no aspecto económico como ajudar-nos a saír de um certo isolamento social e Cultural em que nos encontramos. Era só isto e espero que seja bem intrepretado, porque de confusões e mal entendidos parece andarmos em demasia envolvidos.