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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A nacionalização dos bancos

Tenho idade suficiente para me lembrar do PREC e devo dizer que todos os dias me parece assistir ao regresso de Vasco Gonçalves. Decretam-se dias de trabalho para a Nação, inventam-se classes privilegiadas como pretensas inimigas do povo, confiscam-se os seus rendimentos, e agora se começa a falar em nacionalizar os bancos.  E dizem alguns que este Governo é liberal. Infelizmente não consigo encontrar nenhum laivo de liberalismo nas medidas que estão a ser decretadas, parecendo-me antes de puro socialismo. Só os países socialistas é que tinham taxas de IRS tão elevadas, praticavam impunemente o confisco, e se dedicavam à nacionalização de empresas privadas. No caso presente da nacionalização dos bancos, vai-se fazer os contribuintes assumir o risco de negócios alheios, de cujo fracasso não têm nenhuma responsabilidade. Não vejo qualquer justificação racional para que um banco, como qualquer outra empresa, não deva falir quando os seus administradores tomam decisões de investimento erradas. Desbaratar o dinheiro dos contribuintes numa nacionalização de prejuízos é absolutamente inaceitável. Se os lucros eram privados, os prejuízos também o devem ser.

«Delito de Opinião»

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