Há sempre quem goste de ver o próximo na sarjeta, porque Alpiarça nunca deixou de ser uma terriola de invejosos, sempre mais boa madrasta que boa mãe. Muitas vezes os culpados não são os maiores, leia-se: ministros, secretários de estado, presidentes de câmara etc., mas sim as pessoas sem escrúpulos de quem eles se rodeiam. Tenho lido por aí uns bons artigos no JA muito bem escritos sobre o tema
dos independentes e provavelmente é uma ideia que pode ganhar forma e até pode surgir juntando à volta da mesma mesa pessoas que embora ligados a partidos estão fartos deles. Tem-se falado de José João Pais (foto) que muitos acusam de falta de personalidade, mas quem o conhece sabe que isso foi uma ideia falsa que alguém passou. Os factos falam por si e o que é verdade é que este homem que teve a
coragem de escrever um livro sobre a vida dos anti-fascistas em Alpiarça e dos comunistas na clandestinidade nos tempos áureos do PS em que era proibido dizer-se que eram do PCP e que muitos de afastaram da casa da esquina e agora andam outra vez na Ribalta. Veja-se por exemplo quem José João Pais apoiou e foi mandatário para Presidente da República. Ao arrepio do que era defendido por Sócrates. Pergunto: quantos camaradas teriam coragem de ir contra uma coisa mandado pelo partido? Quantos? ZERO. Não digo que seja o José João Pais, mas são homens desta estirpe que nós precisamos em Alpiarça.
De um leitor
3 comentários:
Mas Então, este senhor não foi derrotado nas ultimas eleições, para Junta de Freguesia, Onde está a coerência, se vêem nele uma pessoa seria e capaz, que até tem provas dadas, basta ver o excelente trabalho que fez, na Junta de Freguesia, quando foi presidente, mesmo assim, o Povo não votou nele.
Pergunto Como é que vai votar agora?
Vamos lá a ver o José João Pais foi derrotado por pouquíssimos votos em circunstâncias em que o PS estava mal visto e desgastado não só em Alpiarça como no país devido a más governações e a casos como o Casa Pia, da Licenciatura, do Freeport, Face Oculta, Corrupção etc etc. Em Alpiarça o PS começou por perder nas Europeias e a partir daí em todas as outras eleições perdeu para o PCP/CDU. Só que a meu ver aquilo que parecia ser uma boa equipa com certas pessoas independentes colocadas em lugares-chave nas listas CDU, cedo se revelou um fiasco e logo na altura da posse da câmara se cumpriu o que muitos anteviam, o enxameamento da câmara com pessoal da linha mais ortodoxa e conservadora do PCP coladinhos ao professor Mário Fernando que não tem sido capaz de fazer passar a mensagem que é ele que manda na autarquia. Não se dá um pontapé numa pedra que não se vejam logo a rodeá-lo os assessores e o controleiro-mor. Não se estranha por isso que já seja voz corrente que a CDU ou renova a equipa ou acontece o mesmo que aconteceu ao Raul Figueiredo que é da mesma linha dura,centralista, hierarquizada e ortodoxa do PCP. Não se estranha por isso que o PCP que tanto clama por mudanças e para que pessoas não andem agarradas aos cargos não tenha aproveitado a entrada de um novo vereador para colocar lá dois ou três independentes nas assessorias, a não ser que seja tudo afinal uma questão de dízimas que evidentemente os independentes não estariam dispostos a dar ao partido.
A diferença em relação às últimas eleições é que uma boa parte do povo começou a abrir os olhos e já não vota como no futebol.
A crise trás muitas coisas más, mas também trás algumas, pouca, boas.
Neste momento, e apesar de muita conveniente "distracção"; futebol, reality shows, etc, o povo começa a estar mais atento à política.
Finalmente parecem compreender que eles são afectados pelas decisões políticas dos governantes.
É preciso irem-lhe fortemente aos bolsos para finalmente alguns começarem a questionar certas decisões políticas.
Voltando ao J.J.Pais, nessa altura e como muito bem diz o segundo comentador, o resultado do José João Pais foi superior à votação global do PS/coligação.
O ex-presidente da Junta pagou INJUSTAMENTE por todas as patifarias que o PS fez no País e na Câmara.
Alguns eleitores ainda tiveram o bom senso de votar diferente para a Junta e para os outros orgãos.
Não chegou para ser eleito, mas deve ter assustado a CDU quando da contagem dos votos.
Essa votação provou que muita gente que votou CDU, reconheceu que o trabalho do ex-Pr.Junta tinha tido no mínimo a classificação de suficiente.
Deve ser o caminho a seguir. Votar nas pessoas e não nos partidos, e o fenómeno pode voltar a acontecer nas próximas eleições.
Adaptaria uma frase conhecida: São pequenos passos, mas um grande passo para a democracia.
Enviar um comentário