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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Directores da PSP aumentam em segredo os seus salários

Os directores de topo da PSP colocaram-se de forma discreta no novo regime remuneratório desta força de segurança.
O Diário de Notícias (DN) escreveu a semana passada que o Director-Nacional, os três Directores adjuntos e o Inspector Nacional da PSP aumentaram-se a si próprios já no ano passado, o que implicou um acréscimo de despesa em remunerações certas e permanentes de quase 24 mil euros. Só para Director-Nacional foram mais de 800 euros mensais, cerca de 11.300 euros por ano. Os números constam de uma auditoria pedida pelo antigo ministro das Finanças Teixeira dos Santos à PSP pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF), que foi realizada entre o final de 2010 e o início deste ano.
O DN explica que "os aumentos foram processados quando era Director Nacional o superintendente-chefe Francisco Oliveira Pereira, que se aposentou em Abril deste ano, e Director-Nacional Adjunto de Operações e Segurança, o superintendente-chefe Guedes da Silva, actualmente o chefe máximo".
Os directores de topo da PSP colocaram-se assim no novo regime remuneratório da PSP, deixando para trás a esmagadora maioria do efectivo desta força de segurança que não transitou para esta tabela, que estava em vigor desde o início de 2010.
Além disso, diz o DN, a auditoria descobriu ainda procedimentos irregulares e ilegalidades relacionados com abonos salariais e contratações.
O jornal acrescenta que as Finanças já enviaram as conclusões da auditoria para o Tribunal de Conta, tendo ainda feito um conjunto de recomendações à PSP para acabar com as irregularidades.
Esta notícia foi conhecida no dia em que o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, vai reposicionar uma parte dos agentes e oficiais da PSP e GNR "a título absolutamente excepcional" e no quadro do Orçamento rectificativo e do Orçamento do Estado para 2012, confirmou uma fonte do MAI ao Diário Económico. A decisão abrange mais de 11 mil elementos das duas forças de segurança e terá um impacto financeiro anual de 11,2 milhões de euros nos cofres do Estado

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