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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Os que dependem da ajuda do Estado e aqueles que “recebem por fora”

A ideia perigosa de que: «pobre é malandro, vive se subsídio e tem que prestar trabalho gratuito» não é de agrado de Edmundo Martinho, ex-presidente do Instituto de Segurança Social.
Entende o mesmo que quem depende do sistema social deve sim: «trabalhar para a comunidade mas recebendo um salário, em parte pago pelo Estado e em parte pela instituição que acolhe a pessoa» o dependente.
Para o ex-responsável esta ideia é uma forma de travar a ociosidade, evitar que as pessoas fiquem em casa com o subsidio» quando podem trabalhar para a comunidade, não gratuitamente mas recebendo uma pequena ajuda pelo serviço prestado à comunidade.
A ideia é boa mas precisa de ser controlada de forma a acabar com o desvario de um desempregado receber subsídio de desemprego para ao mesmo tempo receber outros valores por causa de serviços paralelos que presta em proveito próprio - não declaráveis e muito menos de conhecimento das respectivas estruturas oficias.
Tudo porque não existe uma fiscalização cerrada para com os ociosos ou de quem se aproveita das falhas das leis para receberem do Estado (erário público) a respectiva ajuda de sobrevivência mas não declarando outros rendimentos extras que obtêm na “clandestinidade”.
Não sendo, eu, defensor da privatização, de forma alguma, da “Segurança Social” continuo a entender que o Estado continua ser bastante “generoso e tolerante” tornando-se necessário e urgente pôr um travão nesta situação, que todos sabemos e conhecemos existir para vem de todos senão qualquer dia não há dinheiro para nada nem para ninguém.
António Centeio

1 comentário:

Redow disse...

O próprio empresário reconhece que só os tailandeses aceitam trabalhar sábados, domingos e feriados e fazem horas extras às carradas, estando alojados numa casa própria.
O jornalista que faz esta nptícia no público deve gostar desta espécie de escravatura senão não escrevia uma reportagem destas.
Quem são as pessoas com uma vida familiar normal, com filhos que podem entrar num sistema de trabalho desta natureza?
Para que serviram as lutas das mulheres americanas pela jornada de 8 horas (que ganharam) vindo a instituir-se o 1.º de Maio como Dia do Trabalhador?
Afinal em Portugal a desculpa da crise e da imposição da Troika já não há direitos nem deveres?
Quantos meses aguentará um trabalhador fazer esse tipo de horário vergado horas e horas a apanhar fruta?
É vergonha trabalhar na agricultura? Se calhar é!
Quem gritou aos 4 ventos que em portugal teria de se reduzir os agricultores de 20% da população activa para apenas 8%? Não foram os europeístas convictos? Não queriam um país moderno, produtivo, com a agricultura mecanizada? E então agora?
Será com este tipo de notícias que se vai cativar alguém para trabalhar para aquele empresário ou para outro da mesma estirpe?
Dois jovens fugiram durante o lanche... E fizeram mal? Mais valeu fugir do que ficar escravizado!