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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O desemprego de longa duração sénior

Os dados do Instituto Nacional de Estatística recentemente divulgados, e relativos ao segundo trimestre deste ano, dão conta de quem em Portugal mais de metade dos desempregados está sem trabalho há mais de um ano. Além do mais, e apesar de a taxa de desemprego ter recuado ligeiramente face ao primeiro trimestre, o número de pessoas afastadas do mercado laboral há mais de um ano está a aumentar. NO final de Junho, o desemprego de longa duração afectava mais de 370 mil pessoas, verificando-se em particular um aumento do número de desempregados com 45 anos ou mais, trabalhadores que, em geral, têm mais dificuldades em regressar ao mercado laboral após um despedimento.
A vivência da actual crise financeira internacional e de um ambiente económico especulativo novo, sujeito ao desconcerto que presentemente afecta os mercados financeiros, vêm deixando significativas sequelas sociais. Desde logo porque, para a maioria dos países europeus – ante as perspectivas de um novo abrandamento do crescimento económico induzido por politicas orçamentais restritivas – se estima a deterioração da conjuntura geral do emprego, em especial um recuo dos níveis do emprego por tempo indeterminado (isto é, dos contratos sem termo) em virtude de um aumento dos despedimentos por motivos de mercado ou estruturais.
A esta apreensão acresce a preocupação com o aumento do desemprego de longa duração sobretudo junto dos trabalhadores com 45 anos ou mais. De facto, estudos internacionais recentes apontam para um aumento progressivo (e significativo, desde 2008) do desemprego de longa duração junto da população sénior, grupo com redobradas dificuldades em encontrar novo emprego, situação que, a médio prazo, não deixará de Pesar significativamente sobre o crescimento potencial, de qualquer país, onerando de forma gravosa os sistemas públicos de Segurança Social e fazendo perigar a coesão social.
«DN»

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