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domingo, 24 de julho de 2011

Processo Face Oculta começa a ser julgado no quatro trimestre deste ano no Tribunal de Aveiro

Em declarações à agência Lusa, o juiz presidente da Comarca do Baixo-Vouga, Paulo Brandão, disse que o juiz Raul Cordeiro, que presidirá ao coletivo de juízes que vai julgar o caso, irá marcar marcar na terça-feira a data do início do julgamento.
No entanto, o mesmo responsável avançou que o caso deve começar a ser julgado "entre o final de outubro e o início de novembro, para dar tempo para que as pessoas sejam todas notificadas e que decorra o prazo de contestação e apresentação de provas".
O julgamento, segundo Paulo Brandão, irá decorrer no Tribunal de Aveiro, sendo que a maior sala de audiências será sujeita a obras de adaptação para receber os 34 arguidos singulares e duas empresas e respetivos advogados.
O magistrado espera que o julgamento, que deverá ter sessões todos os dias da semana, não prejudique o andamento de outros processos que estão a correr no Tribunal de Aveiro.
"Vamos fazer tudo para que os outros julgamentos não sejam afetados. Já conseguimos a nomeação de três juízes para substituir os membros do coletivo que estarão dedicados a este caso e estamos a tratar de criar uma outra sala de audiências para substituir esta que vai estar todos os dias ocupada", explicou.
O caso Face Oculta teve início numa operação desencadeada em outubro de 2009 pela PJ de Aveiro, na sequência de investigações a alegados crimes fiscais atribuídos ao empresário e arguido Manuel Godinho.
O sucateiro de Ovar foi o único arguido preso preventivamente neste processo, tendo a sua prisão expirado a 28 de fevereiro. É acusado de 60 crimes, designadamente de associação criminosa, corrupção, tráfico de influências, furto qualificado, burla qualificada, falsificação de documentos e perturbação de arrematações.
O ex-administrador do BCP e antigo ministro socialista Armando Vara irá a julgamento responder por três acusações de tráfico de influências, as mesmas que o gestor Lopes Barreira, empresário e fundador da Fundação para a Prevenção e Segurança Rodoviária, entretanto extinta.
José Penedos, ex-presidente da REN-Redes Energéticas Nacionais, é acusado de corrupção e participação económica em negócio, enquanto o seu filho Paulo Penedos, advogado e ex-assessor jurídico da PT, irá responder pelo crime de tráfico de influências.
Lusa

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