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domingo, 31 de julho de 2011

Ouro português e ilhas gregas estiveram em risco

A redução das taxas de juro e o aumento do prazo de pagamento só se aplica às novas parcelas de empréstimo que chegarem a Lisboa.
Foi falado mas não se concretizou. Na preparação da cimeira de europeia, países como a Holanda e a Finlândia, exigiram que alguns activos dos Estados resgatados fossem dados como colateral para futuras tranches de crédito e as ilhas gregas e as reservas de ouro português foram invocados como garantia de novos empréstimos.
As parcelas de território grego chegaram mesmo a fazer parte de um documento de trabalho durante a cimeira, no quadro do segundo resgate, e as reservas de ouro português, que não podem ser usadas para abater no défice, foram dadas como exemplo de um activo que poderia ser dado como garantia. Ou seja, no caso destes países não poderem honrar as suas dívidas com a União Europeia (UE), estas dívidas seriam cobertas por activos nacionais, antes de activar as garantias dadas pelos países do euro. O assunto acabou, no entanto, por morrer, com as garantias a serem compensadas pelo aumento da participação do sector privado no resgate grego, indo ao encontro dos anseios precisamente da Holanda e da Finlândia, bem como da Eslováquia e da Alemanha.
A penalização dos privados acabará, no entanto, segundo técnicos europeus contactados já na passada sexta-feira, por sair mais caro aos contribuintes europeus do que o modelo de socorro concedido a Portugal e Irlanda. O segundo programa para a Grécia inclui financiamento para operações de compra de dívida no mercado secundário e de troca de velhas obrigações por novas, o que contribui para aumentar a sustentabilidade da dívida grega. Para os países mais conservadores foi a moeda de troca para aceitar voltar a emprestar dinheiro à Grécia, ainda que sob forma de garantias, sempre na lógica - tão popular - de partilhar os custos com os privados. O problema é que isso terá um preço.
«E»

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