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sábado, 30 de julho de 2011

FMI prevê "choque severo" se EUA entrarem em 'default'

O FMI avisou os EUA das consequências de um falhanço nas negociações para aumentar o limite de endividamento.
"O limite de endividamento federal deve ser rapidamente aumentado para evitar um choque severo para a economia americana e para os mercados financeiros mundiais", considerou o FMI no seu relatório anual sobre a economia americana.
A administração do Presidente Obama e os principais legisladores americanos não conseguiram chegar a acordo para evitar que os Estados Unidos entrem em incumprimento em 2 de Agosto, com os mercados a recear que o impasse afecte todo o mundo.
O Chefe de Gabinete de Obama, William Daley, já alertou para o que serão os próximos "dias cheios de stress" para os americanos e para os mercados mundiais.
O Estado americano atingiu a 16 de Maio os limites de endividamento, mas tem utilizado ajustamentos na despesa e na contabilidade publica, bem como receitas fiscais acima do esperado, para continuar a operar normalmente, mas a situação, segundo a Casa Branca, só se poderá manter até 2 de Agosto.
O FMI fez, no relatório anual, reparos quanto aos planos do governo americano e da maioria republicana na Câmara dos Representantes para reduzir o défice nas contas públicas, defendendo uma redução gradual.
"As propostas oficiais de redução do défice poderão estar demasiado concentradas no início da execução orçamental, tendo em conta a fraqueza do ciclo [económico] e, ao mesmo tempo, serem insuficientes para estabilizar a dívida em meados da década", refere o relatório do FMI.
O fundo prevê uma dívida pública americana de 99% do produto interno bruto em 2011 e de 103% em 2012, contra as previsões que o FMI tinha, em Junho, de 98,3% e 102,3%, respectivamente.
Os economistas do FMI recomendam assim que "os planos de redução de dívida incluam tantas medidas concretas quanto possível, e sublinharam que é essencial que exista uma exposição clara dos objectivos orçamentais a médio prazo, apoiados pelo Congresso".
A receita que o FMI recomenda assim a Washington passa por controlar a redução da despesa e apostar no aumento da receita.
"A estratégia deveria incluir uma reforma da protecção social, incluindo reduções suplementares na despesa com saúde, bem como o aumento da receita, incluindo uma redução das excepções fiscais", considera o fundo.
«E»

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