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domingo, 29 de maio de 2011

Mil camaradas à mesa de Jerónimo no maior almoço de campanha da CDU

A campanha da CDU vingou-se hoje do “jejum” de refeições de campanha com mil pessoas à mesa em Alpiarça e uma quantidade de feijoada que espantou até os cozinheiros.
“Esperavam-se 700 e apareceram mil! Aqui não há figurantes contratados nem refeições oferecidas para participar nas iniciativas da CDU”, anunciava orgulhoso o mandatário distrital da CDU no distrito de Santarém, Valdemar Henriques.
Recebido com palmas e gritos de “CDU! CDU!” à chegada ao pavilhão do Águias de Alpiarça, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, ainda não tinha estado com tanta gente debaixo do mesmo teto nesta campanha.
No restaurante da feira de Alpiarça, dois cozinheiros atarefavam-se a preparar a refeição, que começou a ser servida com hora e meia de atraso.
“Já chegaram dois tachos e uma panela e ainda devem vir mais umas três panelas. Este atraso é porque faltam bicos...tem que se estar a passar as panelas de um bico para outro”, dizia João Teodoro, um dos voluntários que ofereceu a sua carrinha de caixa aberta para transportar um enorme tacho, que precisa de ser levantado por “quatro pessoas, pelo menos”.
É que “200, 300” era até hoje o recorde de pessoas à mesa. Para mil, os cozinheiros nunca tinham feito. “Nunca tinham visto feijoada para tanta gente”, confessava João Teodoro.
No recinto do almoço, a seguir aos aplausos a Jerónimo, seguiram-se os aplausos às terrinas. Trazidas por dezenas de voluntários em corrupio pela sala, fumegavam à passagem.
“Vai chegar, vai, até vai sobrar, se tiverem trazido um 'tupperware'”, dizia confiante uma das voluntárias que com uma enorme concha tirava do panelão e enchia terrinas em segundos com a refeição que começou a ser preparada às 05:30 da manhã.
Com um pão rústico mas macio, – as tradicionais “caralhotas” -, a feijoada fez sucesso. Orelha de porco, morcela, farinheira, batata e couve num caldo apurado tiraram de misérias a barriga da campanha comunista, que tem apostado pouco em refeições com apoiantes: esta foi apenas a terceira desde o início da campanha, mas de longe a maior.
Apesar de haver vinho branco e tinto com fartura, um militante numa mesa fez questão de trazer o seu: numa garrafa decorada com cordel onde sobressaía a foice e o martelo, afixou um cartaz que dizia que o “povo humilhado e explorado prefere desta bebida”.
Porque “não tem micróbios”, garantia.
Nos bastidores, mais de cem variedades de bolos e sobremesas estavam preparadas para começar a servir: farófias, bolo de noz, bolo de coco, pastel de nata, salame de chocolate, entre muitas outras contribuições que os militantes comunistas trouxeram de casa.
No fim, palmas aos voluntários e Valdemar Henriques, de novo ao microfone, pedia a colaboração dos comensais na arrumação das mesas e cadeiras e numa frase resumia o almoço, a campanha e a expectativa da CDU para o resultado eleitoral de 05 de junho:
“Não é difícil se a malta colaborar"
«Lusa»

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