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terça-feira, 24 de maio de 2011

Cavaco diz que 'não há lugares à espera para quem sai das universidades'

O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou ontem que há muito tempo que deixou de haver lugares à espera para quem sai das universidades e aconselhou os estudantes a prepararem-se para uma «nova e feroz competição».
«A competição à escala global só poderá acentuar-se. Chegam hoje ao mercado milhões de novos diplomados, não só da Europa mas da China, da Índia ou do Brasil, por exemplo, e muito do trabalho de investigação científico ao mais alto nível tem hoje lugar nesses países», afirmou.
Aníbal Cavaco Silva discursava no auditório do Instituto Superior Técnico (IST), Lisboa, na sessão solene comemorativa dos 100 anos da instituição.
Numa intervenção em que se dirigiu aos alunos do Técnico, Cavaco Silva acrescentou que não são só as instituições que têm que responder àquelas mudanças mas também os estudantes.
«São os próprios alunos que têm de estar bem conscientes de que este é um espaço em que se desenrola uma nova e feroz competição. Há muito que deixou de haver lugares à espera para quem sai das universidades», acentuou.
O Chefe do Estado considerou que «uma forte preparação técnica, aliada a uma inteligência criativa, motivação para a acção e gosto pela iniciativa são, mais do que nunca, componentes essenciais» para os licenciados «conquistarem o seu lugar no mundo».
Cavaco Silva salientou ainda a abertura que o IST «tem sabido concretizar em relação ao mundo empresarial e à sociedade», considerando que o país precisa que continuem a crescer «a intensidade da interacção entre as universidades e as empresas».
«Só assim será possível aplicar o conhecimento e explorar o valor comercial dos avanços registados em investigação e desenvolvimento», afirmou.
O Presidente da República considerou que está «há muito ultrapassada a ideia da separação entre os cientistas e os cidadãos» e defendeu que a «cultura científica é hoje uma questão fundamental para as sociedades democráticas».
«Veja-se as discussões públicas sobre a oportunidade, as vantagens e os custos da construção de uma ponte, de um TGV, de uma central eléctrica ou mesmo das opções arquitectónicas para determinados locais», exemplificou.
«Lusa»

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