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terça-feira, 31 de maio de 2011

Algumas pequenas, mas abismais, diferenças entre “almeirantes” e “alpiarcenses”


Muitos alpiarcenses ainda se devem lembrar de há muitos anos atrás os proprietários dos restaurantes de Almeirim deslocarem-se a Alpiarça para comprar o “enchido alpiarcense” para ser utilizado na famosa “Sopa de Pedra” de Almeirim.

Aos sábados podíamos ver os “almeirantes” nos talhos do Mercado Municipal (quando o mercado estava sempre cheio) a levarem “sacadas de enchido” para depois irmos à vizinha Vila (hoje cidade) de Almeirim comer uma “Sopa de Pedra” cujos visitantes, vindos em excursões desconheciam que o enchido que comiam era de Alpiarça.

Hoje Almeirim já não precisa do “enchido de Alpiarça” (que já não existe) porque tem o seu próprio enchido: por acaso até já se encontra certificado;

Hoje Almeirim tem Adegas Cooperativas todas bem implantadas no mercado onde o seu vinho até pode ser encontrado nos “quatro cantos do mundo” e até consegue ter uma adega localizada no Concelho de Alpiarça (Gouxa) mas apoiada pela Câmara de Almeirim;

Hoje Almeirim tem um impressionante “Nó Rodoviário” e Alpiarça continua com as estradas cheias de buracos ou tapados com “pingos de Alcatrão”;

Hoje Almeirim tem a sua “Sopa de Pedra” e o seu “Enchido de Almeirim”, para continuar com um sólido desenvolvimento quer sócio-culturais quer em termos de desenvolvimento industrial e comercial;

Hoje Almeirim, também é conhecida pela terra do “Melão de Almeirim”, mesmo não o produzindo e a “terra talhada para o melão” nem certificado tem o “Melão de Alpiarça”;

Hoje Almeirim continua a receber diariamente centenas de alpiarcenses onde gastam o seu dinheiro no comércio local e onde dezenas de alpiarcenses têm o seu emprego garantido;

Hoje Almeirim está em vias de ser uma das “Sete Maravilhas da Gastronomia de Portugal” por causa da sua “Sopa de Pedra”;

Hoje Almeirim tem muitas coisas boas e algumas más porque ninguém consegue construir uma sociedade justa;

E hoje a “Cidade de Almeirim” continua a ser a “Cidade de Almeirim” para a vizinha Alpiarça continuar a ser o “Bastião do Comunismo”.

A dúvida que continua a existir é: saber se há justificação para se hipotecar o futuro de Alpiarça e da sua juventude por causa do marasmo em que se encontra ou por ser o “bastião do comunismo”.

Finalmente, talvez o problema esteja nos alpiarcenses que continuam por não conseguir encontrar a pessoa certa para o lugar certo.

1 comentário:

Latoxi disse...

MARCAR PASSO!

O autor deste artigo de opinião esqueceu-se (propositadamente) que muitas das comparações que estão a ser feitas, também o foram nos 12 anos de governação local PS.
É praticamente como comparar Portugal com outros países da Europa que já vivem em democracia há dezenas e dezenas de anos. Não esqueçamos que Alpiarça e Portugal viveram 48 anos sob o jugo de uma ditadura rude e brutal e sofreu os horrores de uma guerra colonial a que se seguiu os horrores de uma descolonização que obrigou o país a "absorver" mais de meio milhão de "retornados".
Não sou assim tão conhecedor de política e economia como certamente muitas artistas de opinião deste blogue, mas sempre sei que Alpiarça já foi freguesia de Almeirim e que Vale de Cavalos já nos pertenceu como freguesia e que Almeirim já no século XIV teve as suas CORTES e que também está num cruzamento de caminhos de quem vem de Coruche, de Benavente e da Chamusca ou de Santarém o que lhe dá um elevado potencial.
Não há dúvida que Almeirim soube aproveitar e bem tudo isso e não só a COMPAL que graças aos grandes proprietários agrícolas não foi construída em Alpiarça, como os muitos milhares de contos e de euros que lá têm caído porque é bom lembrar que tem sido o PS que nos tem (des)governado há dezenas de anos.
Quantas excursões não vêm por exemplo visitar o nosso belo Museu e a nossa bela Barragem e depois vão empanturrar-se em sopa da pedra para almeirim? Quantas provas desportivas e outros eventos não se realizam em Alpiarça e depois não vão almoçar, jantar e dormir em Almeirim?
Muitos anos passarão até que isto se modifique. Os socialistas desistiram, não foram capazes, endividaram o município e deixaram os quadros de pessoal vazios, porque os bons ou reformaram-se ou arranjaram maneira de de se "reformarem" e não há dinheiro para obras nem pessoal qualificado para as fazerem.
Como o País Alpiarça está condenada a MARCAR PASSO!