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sábado, 17 de julho de 2010

Jerónimo de Sousa considera que proposta do CDS-PP «parece tola», mas tem «fundo de verdade»

O secretário geral do PCP, considerou sexta-feira, que a proposta de Paulo Portas de pedir a demissão de José Sócrates e a formação de um novo governo «parece tola», mas tem «um fundo de verdade»
«A proposta pode parecer tola, mas tem um fundo de verdade, que é o facto de serem os três partidos, os partidos da política de direita, com nuances, com diferenças de ritmo, de método, mas naquilo que é essencial os três estão juntos», observou.
Jerónimo de Sousa recordava assim que Paulo Portas, no debate de quinta feira sobre o estado da Nação, propusera a demissão do primeiro ministro, a substituição de alguns ministros e a formação de um novo Governo de coligação entre o PS, PSD e CDS-PP, «os três juntos».
Jerónimo de Sousa referiu que «naquilo que é essencial, para salvar o capital, os interesses dos poderosos e esta política desastrosa da União Europeia, os três partidos estão juntos».
O líder do PCP falava em Portalegre numa sessão pública sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), que decorreu no auditório da Escola Superior de Educação, onde comentou a posição do CDS-PP, que considerou ser «muito criativo nestas matérias».
Na opinião do líder comunista, «a proposta do CDS-PP não é assim tão tola», mas «obviamente levanta-se um problema».
«Substituir o primeiro ministro, substituir os ministros, se calhar até não era mal feito, mas o grande problema é este: substituía-se esta gente e continuava a mesma política, ou seja, o problema central e principal está na política que está a ser realizada», salientou.
Para Jerónimo de Sousa, «sem uma outra política, sem a rotura com esta, e a mudança» podem estar os três partidos juntos, podem ser escolhidos 50 primeiro ministros «que não se resolve o problema da política nacional».
Em declarações aos jornalistas, no final da sessão, Jerónimo de Sousa criticou a atitude do Governo de aproveitar o período de férias para fazer alguns «cortes sociais» a partir de Agosto.
«Aproveita-se por ser um período de férias e sempre se consegue diluir as medias profundamente injustas e brutais», referiu.
O mesmo responsável disse que as medidas «atingem em primeiro lugar os desempregados, numa altura em que o desemprego está a aumentar, atingem sectores muito vulneráveis como as crianças e os doentes acamados, as pessoas com deficiência, os mais excluídos».
«Sol / Lusa»

2 comentários:

A.R. disse...

Quem diria...quem diria...devemos estar no fim do mundo...o camarada Jerónimo de acordo com o Paulo Portas...

Anónimo disse...

é melhor lerem o post todo, a frase foi dita com ironia...