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quinta-feira, 24 de junho de 2010

O futuro do Município está “hipotecado” por uma dúzia de anos

Ao contrair um empréstimo de seis milhões de euros por doze anos, a câmara em vez de resolver os seus problemas de tesouraria, hipotecou o seu futuro.
Por via deste empréstimo todos os ganhos que por ventura possam vir a existir serão sempre destinados a amortizar o empréstimo e a viver numa gestão rigorosa para poder fazer face aos seus compromissos.
Não haverá rendimentos que cheguem para sustentar os encargos bancários que durarão durante todo o mandato do executivo da CDU como ainda irá sobrar para os dois mandatos que se seguirão.
A Câmara é pobre em rendimentos e todos os excessos de entrada de dinheiro tem um fim destinado: amortizar a divida.
Em vez de tentar converter a situação de maneira que não houvesse necessidade de fazer este empréstimo, os eleitos entenderam, segundo as mais diversas opiniões, que a solução estava neste empréstimo.
A acrescentar às dívidas no valor de quase quinze milhões de euros, vindos dos anteriores executivos,ainda mais se hipotecou o futuro com estes seis milhões de euros.
De pouco valeu criticar quem arranjou as dividas porque acabaram por aumentá-la havendo a diferença no compromisso imediato do pagamento de outras dívidas de curto prazo mas que em nada diminui o saldo negativo. Continuará a existir e com tendências para se agravar.
Parece-nos que esta contratação não foi a melhor ideia.
Também é verdade que a falta de receitas por parte do município muito contribui para a falta de verbas.
Uma das maiores receitas que a autarquia tinha era a cobrança do abastecimento de água. Mas o estado em que se encontrava a rede e respectivas condutas, mais ano menos ano teriam que ser substituídas cujos valores astronómicos impediriam a sua concretização porque seriam precisos milhões e milhões de euros para a respectiva renovação, ou talvez não.
E, talvez não, porque, como a empresa inter-municipal “Águas do Ribatejo” soube fazer um projecto para a remodelação da rede de abastecimento de água para o concelho e apresentá-los às entidades contentes para a atribuição das verbas, também a Câmara seria capaz de fazê-lo e talvez até viesse a lucrar com a iniciativa. Uma escolha não da responsabilidade da CDU porque já a recebeu do executivo socialista.
Resta saber porque os eleitos do PS nunca pensaram nesta questão. Daqui, talvez, os eleitos da CDU não tivessem que recorrer ao empréstimo de seis milhões de euros.
A diferença entre as dividas que o executivo do PS deixou como herança para a CDU é que mesmo arranjando encargos fizeram grandes investimentos. Com este empréstimo acumulado, com as dívidas recebidas dificilmente haverá a possibilidade durante largos anos do actual executivo levar a efeito grandes investimentos
Seja como for, o futuro e o desafogo da autarquia ficaram hipotecados durante alguns anos.

1 comentário:

António Batista disse...

Afinal o Editor ou administrador deste jornal não é assim tão imparcial e qualquer comentário que apareça é logo promovido a notícia.

A dívida não aumentará, manter-se-á no mesmo valor, só que em vez de se dever a fornecedores, estado, tribunais, empreiteiros etc etc, fica tudo num só empréstimo e há um desafogo financeiro que neste momento não existe.

O PS é que hipotecou o futuro de Alpiarça e agora ao lerem-se notícias desta natureza parece que é a CDU que hipotecou o futuro.

É bem feito ter bloguistas assim!

ALPIARÇA MERECE.

Nota: já sei que este comentário não é publicado