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segunda-feira, 24 de maio de 2010

A verdade é que as contas (da Câmara) estão aí por pagar

"Por isso, no início do mandato, é preciso impor alguma diversão para condimentar o sabor da desforra dos seus partidários e disfarçar a falta de prática de gestão dos gestores eleitos.
"Permita-me o autor destas linhas, senhor Arlindo Moreira que faça aqui uma pequena observação do alto dos meus 72 anos e de uma simples 4º classe.Segundo entendo depois da leitura deste fragmento do seu texto, esta história das dívidas de milhões é tudo fogo – de – vista. Ou melhor, este executivo como não percebe nada de gestão lança esta confusão para justificar a sua incapacidade de lidar com contas e fazer obra durante o seu mandato.Então, os gestores do mandato anterior (PS) que sabiam tanto de contas e gestão deixaram a câmara atingir um buraco tão grande que nem eles tinham verdadeira consciência dele?
A doutora Vanda teria tido conhecimento de todo este buraco antes e durante o seu mandato? Estou plenamente convicto de que não saberia nem da missa metade.
O doutor Joaquim Luís como animal político, acredito que tivesse alguns apontamentos feitos sobre o joelho, dos problemas económicos com que a câmara se debatia. Havia, no entanto, a necessidade de ocultar estes números para que no exterior se pensasse que apesar da crise geral reinante, na Câmara Municipal de Alpiarça as coisas estavam controladas.
Assim se accionaram alguns mecanismos que, em casos devidamente comprovados, seriam legais, contra o incumprimento contratual de algumas empresas que tinham uma posição contrária àquela apresentada pelos gestores do então executivo.
Vai daí, é ao tribunal que compete dirimir a contenda entre as partes nestas circunstâncias.
Segundo consta, é este mesmo Tribunal que resolve condenar a autarquia ao pagamento das dívidas reclamadas pelos construtores, acrescidas dos respectivos juros de mora.
Esta decisão irrevogável do tribunal deve-se ao facto de a câmara estar-se nas tintas para os processos e não ter apresentado recurso em devido tempo.Não sabemos no entanto, se os processos não foram devidamente acompanhados pelos juristas da câmara que já andariam desmotivados pela falta de pagamento dos seus honorários, ou se por outro lado, seria desleixo do próprio executivo camarário. Ou mais propriamente de quem estava mais ligado a estes assuntos: vereador Ferreirinha.
A verdade é que as contas estão aí por pagar. E será este novo executivo que ficará com a batata quente na mão e a braços com este e outros problemas, para os quais em nada contribuiu e que poderiam ter sido evitados em devido tempo pelos principais responsáveis. É certo que fica sempre a dúvida se não teria sido um acto de coragem e serviço público da parte da oposição na altura, ter denunciado claramente a situação, uma vez que muito já se sabia destas e de outras maroscas. Inclusive o caso das coimas que eram pagas por uns munícipes e não por outros com infracções de maior gravidade. A oposição sabia disto mas também nunca confrontou o chefe do executivo com os factos que, até correram pela imprensa. E poderia tê-lo feito. Estava nas suas competências. Às vezes o deixa andar e a conivência deontológica (não política) é nisto que dá. Depois do que aqui é relatado, mesmo sucintamente, haverá motivo para dizer que o executivo PS ao longo de doze anos de mandato, cumpriu cabal e lealmente com as suas funções de gestão do Município Alpiarcense?
Pela minha parte, lamentavelmente que NÃO!
Cumpriu a oposição na altura, com todas as suas funções e obrigações?
Indubitavelmente, também NÃO!
Por: José M. Fragoso
Nota: Estamos a acompanhar o interesse e genica, como opositora, da vereadora Regina Ferreira.

4 comentários:

Anónimo disse...

E esta hein! Este senhor ainda tem pedalada para dizer umas quantas verdades.
Como se dizia há alguns anos na tropa. "A velhice é um posto".
E o seu raciocínio continua aí lúcido e para as curvas fazendo com que os mais novos reflictam um pouco mais, digo eu.
Leitor Atento

Anónimo disse...

Desfazendo um MITO - Rosa do Céu

Vou dar-me ao trabalho de explicar a dívida da CDU

Ela existia isso era uma realidade, e no valor de 800 mil contos ao fundo de fomento à habitação mas era fictícia isso também era uma realidade. E Porquê?

Quando foi assumido o compromisso com o fundo de fomento à habitação o empréstimo contratado tinha uma taxa de 3% ou 4%, depois este fundo de fomento acabou e passou a ser gerido pela Caixa. Entretanto as taxas de juro aumentaram muito acompanhando a inflação que bateu todos os recordes no final dos anos 80 e início de 90 do século passado. A câmara viu-se de um momento para o outro com uma divida imensa, sem poder paga-la, porque isso iria comprometer o resto da gestão dos poucos recurso financeiros.
Acho que a câmara na altura fez muito bem, mudaram as regras do jogo e depois quem quiser que se lixe! Quando o Joaquim Luís entrou já sabia da divida fictícia a qual ele soube muito bem aproveitar para dar uma ideia de má gestão da anterior câmara, entretanto toca a renegociar com a caixa. Aqui existe um pormenor muito importante: o efeito da entrada de Portugal no euro começa a ter os seus efeitos no sistema financeiro português e precisamente nessa altura os juros que eram de mais de 20% passaram de um momento para o outro para taxas muito baixas 5% ou 6% ou até menos. Sorte do Joaquim Luís! Conseguiu o milagre que não foi milagre nenhum, negociou a dívida para valores próximos dos 300 mil contos.
, que eu acho que mesmo assim nunca deveria ter sido pago, como o fizeram outras câmaras que foram apanhadas nesta armadilha financeira mas o Joaquim Luís queria dar show com o dinheiro dos outros (mais uma vez...) e toca a negociar para ficar bem no retrato.
Quanto ao Rosa do Céu continua chamarmo-nos estúpidos, ainda recentemente deu uma entrevista a dizer que a dívida antes era de 1,6 e que quando ele abandonou o barco era de só 0,9! É preciso ter lata! Deus nos dê paciencia para aturar estes políticos hipocritas!!
Com este texto espero que se desfaça o Mito - Rosa do Céu, de Autarca de Excelencia - Gestão e gestor que acabou por enterrar os alpiarcenses para as próximas gerações. Eu não percebo muito disto das finanças mas quem souber mais faça o favor de contrariar esta análise, afinal ao que parece temos por aí grandes especialista na matéria, ou talvez não...


O portugues não está grande coisa mas eu não sei mais, o administrador faça o favor de corrigir antes de publicar.

Anónimo disse...

Este cidadão parece estar atento, apesar da sua idade, ao que se passa com a gestão autárquica da sua terra.
Parece estar atento também ao papel activo dos vereadores da oposição principalmente no que toca à vereadora Regina Ferreira.
Por isso ele diz que os anteriores vereadores da CDU (hoje elementos do executivo) não estiveram bem, enquanto oposição. Mostraram pouca garra, segundo a sua análise e, as suas intervenções estavam para o PS como o PSD está para a CDU no momento presente, em opinião de outros analistas.
Seja como for, o importante agora, é que cada um cumpra cabalmente o papel que verdadeiramente lhe compete.

Um leitor

Anónimo disse...

De quando em vez vão-se escrevendo por aqui umas quantas verdades mas, os visados estão-se nas tintas para o que se vai dizendo.
Eles lá vão seguindo a vidinha como se nada de grave tivesse acontecido. Os tachos vão aparecendo como forma de agradecer os bons (e maus) serviços prestados. E, na verdade, as coisas são mesmo assim e, pouco ou nada vale, tentar reverter a situação com a verdade dos factos.
Valha-nos ao menos o desabafo e agradecer a quem ainda tem pachorra para manter este elo de comunicação que são os blogues e...seja o que Deus quiser.
Realmente também estou de acordo com aquele nosso colaborador e amigo que afirma que nem todos nós podemos fazer parte do "sistema".
Também é certo, mesmo que muitos quisessem pertencer ao "sistema", os verdadeiros chacais do "sistema" não o permitiriam.
Daí, ninguém poder dizer que o sistema somos todos nós.

Como diria o meu vizinho Zé Guilherme:" Aí, ponto e vírgula!"

Conde do Charnecão