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domingo, 22 de novembro de 2009

História da vida associativa do Casalinho

Há bastante tempo que tinha esta pequena resenha escrita, com o intuito de lhe dar continuação. O tempo foi passando e ficou desenquadrada no tempo do convite.
Mas com este assunto, em baila, tive coragem de enviar o que seria o 1º bloco de como foi fundada, e os princípios do CPCRC.
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Fui convidado pelo Jornal Alpiarcense para falar da vida associativa do Casalinho.
Vou fazê-lo com muito gosto, mas desde já peço desculpa por poder omitir alguns factos , nomes e datas. Estou no Brasil há quatro anos, e não tenho comigo dados auxiliares
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A seguir ao 25 de Abril de 1974, foi constituída a Comissão de Moradores do Casalinho, como o foram constituídas em todo o concelho e em todo o País.
A C. M. do Casalinho, promoveu Teatro, Cinema, Bailes, Reuniões, Debates etc.
Chegou a uma determinada altura ,ficou vedada de poder ir mais além, por falta dum instrumento Legal (Estatuto de reconhecimento).
Foi então que os elementos da Comissão, que eram cinco, onde eu me incluía, decidiram convocar a população e apresentar o projecto duma Assossiação de Cultura, Recreio e Desporto.
Mas aí houve o primeiro revés.
A palavra Desporto teve que ser retirada desse projeto. Pois tinha que ser cumprida mais borucracia, tinha que ser aprovada pela Direcção Geral do Desporto.
Dessa reunião com População, saiu eleita uma comissão instaladora, foi aprovado: nome da Associaçao , os parâmetros dos estatutos.
Essa comissão instaladora, tinha por missão elaborar os estatutos , com as diretrizes saídas da reunião da população, e outorgar a escritura pública dos estatutos no Cartório Notarial, e as respectivas publicações em órgãos, que a lei vigente obrigava.
A comissão Instaladora, tinha sido eleita com poderes para representar a colectividade, que se denominava Centro de Cultura e Recreio do Casalinho, em todas as instâncias.
Composta por treze pessoas, que seriam os primeiros corpos directivos.
Esses elementos , emprestaram na época 100$00 cada um ao CPCRC para custear a despesas de escritura pública.
Mais tarde num gesto muito significativo, todos eles ofereceram esse valor ao cofre do CPCRC. Para se conseguir elaborar e realizar a escritura publica, tivemos um grande amigo, e penso que talvez nunca tenha sido devidamente agradecido por.
Foi ele o notário de então o Dr. Vítor Craveiro Castro. Nos orientou como devíamos fazer e prescindiu dos seus honorários, nos indicou como devíamos tratar das publicações, e do depósito escritura no Governo Civil.
O Dr Vítor Castro, também nos indicou uma agência em Lisboa para tratar da publicação no Diário da Republica.
Quando chegou o orçamento dessa agência, o dinheiro que tinha sobrado da escritura, não chegava para essa publicação.
Então pedimos uma audiência ao Sr Governador Civil e lá foi uma comissão de três directores , pedir ajuda. Conseguimos de facto essa ajuda ,assim como nos foram abertas outra portas de ajuda, pelo Sr Governador, mas no acto da Audiência e antes de nos prometer ajuda, ele foi um pouco duro connosco ao nos dizer: Como vocês têm coragem de vir pedir ajuda , se são assim tão ricos, ao ponto de contratar uma agência para tratar da publicação no DR?.
Claro que nos desculpamos, dizendo que éramos todos leigos nessa matéria e tivemos que enveredar pelo único caminho que conhecíamos.
Claro que ajuda foi muito bem vinda. Mil escudos,e disse-nos onde devíamos ir bater à porta, outro departamento do Estado , que também podia ajudar, lá nos deram mais quinhentos escudos, e com ajudas de eventos, assim conseguimos o dinheiro para a legalização do CPCRC.Então começou a vida associativa a sério no Casalinho
.......segue...........
Gabriel Tapadas Marques

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