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quinta-feira, 23 de julho de 2009

OU O JORNAL METEU OS PÉS PELAS MÃOS OU VANDA NUNES TENTA TIRAR DIVIDENDOS DA SITUAÇÃO COM FINS POLITICOS

Sinceramente, os jornalistas continuam a ser enroladas em noticias sem qualquer tipo de fundamento e publicam as mesmas sem sequer confirmarem as fontes... Mas enfim, passemos aos factos:

- Alguém no seu perfeito juízo, acha que existindo um interessado na compra de uma fabrica de projecção nacional, contacta primeiro a Câmara Municipal, solicitando que esta contacte a Administração da empresa ?

- Alguém acha que no mundo dos negócios, os contactos são efectuados através de Câmaras Municipais, quando existem quadros superiores, consultores e mediadores profissionais de negócio que normalmente fazem estas abordagens, sendo que em Portugal a Industria do Leite é tão pequena que todos se conhecem nem que seja pela própria Associação/Federação (ANILAC, FENELAC, etc) ?

- Sendo a Renoldy actualmente uma empresa na posse de outra empresa com ligações à Lactogal, e sendo a Lactogal um pequeno colosso no nosso pequeno pais, acham que se quisesse vender a empresa, não teria já contactado empresas que estivessem nessa disposição, estando as mesmas no mesmo sector de actividade e conhecendo como ninguém a Produção de Leite, sendo os únicos projectos alternativos e viáveis que assegurassem o maior encaixe financeiro pela venda da empresa, ou que não teria já os seus consultores (internos ou externos) a fazer esse trabalho ?

Dito isto, varias conclusões se retiram:

- Ou a fonte do Mirante, meteu os pés pelas mãos e forneceu uma noticia que não corresponde à realidade.

- Ou a Câmara Municipal de Alpiarça, tenta tirar dividendos políticos da situação tentando demonstrar um envolvimento fictício na tentativa de resolução do problema.

- Ou a Câmara Municipal de Alpiarça, na sua ingenuidade, acha que pelo facto de ter recebido um contacto de alguém supostamente interessado na fabrica do leite, julga que a Lactogal, não está já um passo à frente em todo esse processo de encontrar uma solução (se essa solução existir).

- Ou existe um investidor pouco interessado na produção de leite, que lhe interessa basicamente o espolio da fabrica, eventualmente para alocação a outra Unidade de Produção, ou para venda a um qualquer espanhol ou chinês, nem que para isso se 'garanta' a manter a produção por mais uns meses, até ao encerramento definitivo.

Por ultimo e em jeito de conclusão, é necessário perceber o sistema de comercialização do leite da fabrica Renoldy, em que os factores de produção têm determinados custos fixos, em que a cobertura dos mesmos só serão possíveis através de preços de venda superiores aos actuais, pelo que qualquer projecto de investimento na fabrica será sempre comprometido, independentemente do investidor.

Veja-se o que acontece actualmente na Europa em que as empresas deste genero fecham portas a um ritmo alucinante.


«De um leitor atento do "Jornal Alpiarcense"»

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu opto pela segunda hipótese, até porque sei que a DRª Vanda Nunes, há meses, confirmou o encerramento da fábrica no final do ano de 2009.
Quando fez esta confirmação a Drª Vanda Nunes disse que nada podia fazer porque quando a fábrica foi instalada já era esse o pressuposto e que o encerramento era inevitável.
Como a Drª Vanda Nunes e quem lida com ela sabe bem que diz hoje uma coisa e amanhã diz o contrário, não me admiro que venha com esta conversa com objectivos políticos. Mas quem conhece os meandros destas movimentações e quem está por detrás delas, sabe do que estou a falar. Vamos esperar para ver o final da coisa.