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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Rosa do Céu e Vanda Nunes

As mexidas nas regiões de Turismo já começaram a mostrar como o sistema está podre e caduco e apenas obedece a regras partidárias e a interesses inconfessáveis.

A escolha de Joaquim Rosa do Céu para presidir à Região de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo já deixava adivinhar esta trapalhada. Rosa do Céu não é um bom político e muito menos será um bom gestor. A prova está aí.
O primeiro orçamento foi aprovado quatro meses depois da sua tomada de posse. Rosa do Céu foi para a Região de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo com todos os defeitos que tinha como presidente da Câmara de Alpiarça: medroso, calculista, ensimesmado, com a paranóia da perseguição. Acima de tudo incapaz e inábil.

Só a sua ligação à família de Mário Soares é que lhe poderá ter dado este cargo que ele não merece nem tem estatuto para ocupar.

Até há poucos meses tivemos um político reformado na região de Turismo do Ribatejo que conseguiu parar o tempo durante quase 30 anos. Mas o estatuto da anterior região de turismo é uma brincadeira comparado com este. Lisboa não se vai deixar governar como Santarém.

É verdade que esta coisa das regiões de turismo são uma trapalhada para uns tantos ganharem um ordenado e somarem Poder. Mas atenção que com o turismo não se devia brincar. E Santarém é uma cidade bem castigada pela falta de ideias e de investimento nessa área. Lisboa é a capital e, embora tenha menos turistas por dia do que aqueles que se passeiam nas Ramblas, em Barcelona, é preciso mudar e já devia ter sido ontem.
Por isso Rosa do Céu nunca deveria ter deixado a meio o mandato na câmara de Alpiarça. Lá a sua fraca figura ainda passava despercebida.

A forma como Rosa do Céu e o Partido Socialista trataram a actual presidente da câmara de Alpiarça, Vanda Nunes, diz bem do carácter deste homem e desta gente. A desculpa para a marginalização a que foi votada numa futura lista foi resultado de uma suposta entrevista em que Vanda Nunes terá dito que não queria ser candidata.
Ninguém sabe de tal entrevista. Muito menos se percebe como é que gente, comprometida com os destinos de um país moderno e de uma sociedade mais justa, se comporta desta maneira irracional, faltando ao diálogo e ao cumprimento dos princípios éticos mais elementares.

Joaquim Rosa do Céu passou de presidente pobre da câmara de Alpiarça a gestor de luxo de uma Região de Turismo. Dá para perceber que em termos de estatuto faz toda a diferença.
O problema é que a importância dos cargos, com Rosa do Céu e com todos os políticos, ao mostrarem maiores sinais de Poder, deixam ver também com mais clareza a falta de carácter na defesa de princípios como a solidariedade, um dos principais valores de uma sociedade humanista.
JAE

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