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segunda-feira, 23 de março de 2009

Gente Fina é outra coisa

Artigo de Opinião

Por: Mariana Teixeira




Soube-me bem estes poucos dias de férias que tive, permitindo-me estar longe do reboliço da grande cidade. Até tenho a sensação que rejuvenesci meia dúzia de anos.




Falei descansada e detalhadamente com “Tia Alice” como meti a conversa em dia para ficar a saber que as coisas por esta pacata terra começam a andar em alvoroço por causa da política ou dos políticos.

Gostei de saber que existem duas mulheres interessadas pelo poder local como são as mulheres que estão a dominar os cordelinhos na Câmara.

Não tenho nada contra os homens, mas as mulheres tem uma espécie de magia para dirigir. São mais humanas e conhecem a astúcia dos homens.

Está visto que a luta renhida vai ser entre uma maioria feminina porque da oposição apenas está um homem como principal candidato mesmo que na sua lista estejam algumas mulheres independentes e poucas conectadas com o partido.

Sinal que algo está a mudar em Alpiarça para o positivo e que as mentalidades tacanhas, como diz “Tia Alice” «estão em mudança».

Bolas, já não era sem tempo a mudança na nossa terra. Fico contente!

Só fiquei um pouco decepcionada foi com algumas mulheres que executam determinados cargos na autarquia.

Conhecendo-as como as conheço – salvo o devido respeito e consideração que merecem, fiquei com a sensação que “duas ou três” (as que estão na foto publicada no jornal) mais parecem aquelas “Tias” de Cascais por terem um aspecto de “Parentes da Lili Caneças”.

Quando disse a “Tia Alice” quem eram, admirou-se muito. Nunca pensou que certas pessoas da “elite social e local” desempenhassem cargos tão importantes.

«Um emprego bom para ti minha sobrinha. Sempre estavas perto de casa e trabalhavas pouco» disse-me “Tia Alice”. Comoveu-me estas suas palavras pois está sempre preocupada com o «meu bem-estar».

Acrescentei-lhe: «Não se preocupe “Tia Alice” porque assim eu tenho trabalho e elas, as “Tias” só tem o emprego que dura apenas enquanto não houver eleições».

Olhou muito séria para mim, pedindo-me que lhe deixasse ver novamente a cara das ditas. Olhou…olhou…e saiu-se com esta: «Mas esta e esta madame (apontando com o dedo para eu saber quais eram) alguma vez trabalharam? Como conseguiram estes lugares tão distintos?

Restou-me informá-la de que «Os lugares não são importantes, elas é que se fazem importantes, quando na verdade mais parecem “tias” mas afinal tem que trabalhar como os outros».

Na verdade, caros leitores, este Sócrates é tão bom, … tão bom…que até conseguiu arranjar maneira da “gente fina” e outras “tias” terem que dar ao caneco para poderem sobreviver, o que aliás não é vergonha nenhuma.

Algo que me diz que o nosso “primeiro” deve dar instruções para que “gente fina” tenha prioridade nestas coisas de empregos para o Estado porque os mais “pelintras” sempre dispensam “luxos” e empregos destes. Assim, sempre podem receber o subsídio de desemprego.

Foram uns dias bem passado com “Tia Alice” que nestas coisas de humor e de morder a casaca (dos outros) tem que se lhe diga.

Não fosse “Tia Alice” considerada em tempo a “melhor cavadora alpiarcense”, naquele tempo em que as «mulheres do povo» trabalhavam nos ranchos e as ricas descansavam.

Realmente o mundo anda de pernas para o ar! …. Como alguém costuma dizer: «mesmo sendo eu mulher, é este o meu ponto de vista».
«Jornal Alpiarcense/Foto: O Ribatejo"

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom grupo de mulheres para apanhar vides!