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quarta-feira, 18 de março de 2009

Falta apoio autárquico às Associações dos lugares alpiarcenses

O ex. – presidente da Câmara, Armindo Pinhão, foi até aos dias correntes, quem mais se preocupou em apoiar a associativismo nos lugares de: Casalinho, Frade de Baixo e de Cima.

Ajudou bastante todas estas associações quer na sua construção quer no apoio monetário como ainda em termos de angariação de sócios para que as mesmas tivessem possibilidades de funcionar.
Hoje em dia e desde que Rosa do Céu foi eleito como presidente, é notório que as mesmas, excepto a do Frade de Cima, por razões óbvias e de quem a dirige, vivem em permanente dificuldade, tanto na parte humana como em termos de receitas.
Não se pode omitir que a sede do concelho e respectiva autarquia pouco ou nada tem ajudado o associativismo, contribuindo assim para que as portas destas poucas colectividades qualquer dia tenham as portas escaqueiradas por falta de movimento. Alturas houve que a Associação Cultural e Recreativa do Frade de Baixo esteve quase para ficar sem fornecimento de energia porque não tinha dinheiro para acertar contas com a EDP.
O distanciamento, por razões que não conseguimos apurar e a falta de uma melhor acção camarária tem vindo a contribuir para que as associações quase movimento algum tenham.
Não bastasse a dificuldade que as mesmas encontram para captar pessoas para os cargos directivos quanto mais estarem entregues ao esquecimento. É uma verdade que os subsídios são concedidos em face das actividades levadas a efeitos mas se não houver apoios diversificados e monetários como a estimulação aos directores por parte da autarquia a situação complica-se.
Acabam por mais parecer uma modesta tasca, que só funciona em horas de escuridão, advindo daqui, a venda de algumas bebidas que acabam por gerar poucas receitas.
Se a autarquia não reiniciar o processo de apoio a estas pequenas associações culturais e recreativas o futuro delas não vai ser o melhor.
Diga-se em abono da verdade que a autarquia pouco contribui para o fomento das associações. O saneamento, pequenas conservações e pouco mais. Quanto ao resto a sua presença quase passa despercebida. Daqui, talvez a razão de não haver grande presença de residentes destes lugares na sede do concelho.
Só recentemente é que a Câmara se lembrou de colocar o autocarro camarário à disposição dos locais para visitarem o mercado semanal. Uma iniciativa louvável mas que veio tardiamente, porquanto, os “fradenses” estão mais voltados para as suas compras no concelho vizinho do que naquele a que pertencem. Até os autocarros da “Rodoviária” não lhes presta os melhores horários de transportes.
Os residentes de “Frade de Cima” na sua generalidade têm as suas vidas constituídas em todos os aspectos no vizinho Concelho de Almeirim e Fazendas de Almeirim. Até a maioria das crianças aqui são entregues em escolas pré-primárias como noutros congéneres. Nem um pequeno cemitério possui. Não é por acaso quando lhe perguntamos as razões de não visitarem Alpiarça, a resposta é praticamente a mesma: «não temos transportes e a Câmara pouco se preocupa connosco». Para outros acrescentarem «somos apenas, alpiarcenses de nome.»
Não deixam de ter uma certa razão.
Uma boa experiência que a autarquia deveria tomar, é fazer como o que quase todas as autarquias da região já fizeram: criar transportes urbanos por todo o concelho. Talvez então a situação mude um pouco.
JA

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