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quarta-feira, 25 de março de 2009

Esta malta é toda boa gente!….

Leonel R. e Pedro E, sempre foram soldados exemplares da GNR. Gostavam de autuar o pacato cidadão sempre que este tivesse em transgressão. De tempos a tempos fechavam os olhos a alguma anormalidade factual mas não deixavam de ser “boa gente” mesmo que no seu processo cadastral já tivessem processos disciplinares.

Com o poder da farda que usavam impunham respeito e às vezes até gostavam de puxar pelos “galões” para que as pessoas soubessem que o “poder” estava neles.
Diga-se em abono da verdade que os superiores desta “ boa gente” talvez não morressem de amores por eles.
Calhou-lhes certo dia (ano de 2000) fazer uma “acção de fiscalização” ali para os lados de Benfica do Ribatejo.
Para não variar, apareceu-lhes pela frente um carro conduzido por um “divertido amigo da paródia” acompanhado por outros de igual circunstância.
O Leonel e o Pedro ordenaram ao condutor da viatura que soprasse a “Teste de Alcoolemia”. Acusou 1,30 gramas.
Pedro ao ver os resultados deve ter dito para o Leonel (ou o Leonel para o Pedro): «Temos caso. Este vai já no carro da “bófia”, e foi.
Mas como não podia conduzir dado o seu estado de embriaguez, o soldado da GNR, simpático e cumpridor da Lei, dignou-se a conduzir a viatura do transgressor, acompanhado dos amigos da paródia mais o autuante para «acertarem contas em Almeirim no Posto da GNR.
Pelo caminho deu para conversar um pouco e o exemplar “agente de autoridade” até teve tempo para dar a entender que se “caísse algum por fora” a coisa não tinha andamento e ficava por ali.
“Bingo!
”Toma lá estes cinco contos (na altura ainda era a moeda de “Escudo”) e acaba aqui o que nem sequer começou.
Dito e feito!
Na posse da viatura, o condutor e ofertante, partiu de imediato acompanhado pelas “amigos dos copos” para o Posto da GNR de Alpiarça onde pediu novo teste, que acusou 0.90 gramas.
Desceu grandemente e …nada de aventuras!
Apresentou queixa neste posto contra os exemplares e tolerantes agentes do posto do concelho vizinho.
Em suma, os agentes, de Almeirim, foram acusados de “Corrupção”.
Claro que até ao dia do julgamento foi «tudo mentira e a coisa não era bem assim».
Esqueceram-se, por azar deles, os guardas, de deixarem ter ido embora o condutor embriagado sem ser autuado, como os amigos.
O suficiente para Leonel e Pedro serem condenados pelo Tribunal de Almeirim a «penas de prisão de um ano e dez meses, suspensas por igual período».
Resta saber, porque não foi tornado público, se os “ditos cujos” são suspensos ou se continuam prontos para mais uma aventurazita, depois do respectivo descanso e longe de novas lides financeiras.
Claro que são casos pontuais que não mancham a GNR, mas para nós, pacato cidadão, nem sempre olhamos para os ”agentes de autoridade” como um “exemplo” pela simples razão que eles não tem escrito na testa se recebem ou não uns cêntimos em troca de uma boleiazita…
Tudo boa gente!..…

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