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quinta-feira, 12 de março de 2009

É preciso uma paciência de corno para aturar certa gente

As pessoas que exercem cargos públicos ou privados tem uma certa dificuldade em compreender e aceitar que a sua imagem entra constantemente na casa de cada um nas mais variadas formas. Quero pelos seus actos, quer pelos jornais ou televisão. Logo, estão sujeitos a criticas, quer pelos seus actos querem pelas suas atitudes.

Tornam-se de uma forma esquisita em imponentes como não aceitam nem toleram o que os outros possam pensar ou dizer. É como eles dizem e acabou-se!...
Numa sociedade chamada de democracia criticar estas figuras torna-se uma aventura para quem o faz e, grave para quem escreve sobre elas. Criticá-las logo está-se a «dizer mal» dando a impressão que com a crítica levada a efeito, as suas atitudes tenham que estar correctas e de uma forma que sobre elas nada se pode dizer.
Fazem-se de “deuses” e apregoam moralidades quando na prática não são as pessoas mais indicadas para fazê-lo, porque se esquecem de que possuem rabos-de-palha.
Para quem escreve e pública fica então sujeito às mais diversas consequências e incómodos. Como se diz na nossa terra «É preciso uma paciência de corno para aturar esta gente». O que eles querem é que tenhamos que dizer “sim” a tudo.
Não bastasse, até a comunicação social para «vender papel» não respeita os princípios éticos da profissão. Interessa-lhes sim é vender papel, mesmo que seja noticiado notícias cujos «processos já foram arquivados» ou alguns dos queixosos já tenham desistido. Informação esta que utiliza os seus meios para atingir determinadas pessoas ou causas, servindo-se do meio poderoso que está ao seu alcance.
Noticia-se «sangue» todos os dias porque é «isto que os leitores pretendem». Não se respeita nada nem ninguém.
Não defendo esta prática de maneira alguma porque contraria tudo «aquilo que aprendemos e que devemos defender a todo o custo»: uma informação clara, objectiva, mas acima de tudo verdadeira.
É preciso é vender papel e atingirmos ou destruirmos por todos os meios quem nos impede de chegar onde pretendemos, mesmo que seja preciso calcanhar quem se exponha a servir como barreira, e bem pior: se não temos noticias, vamos desenterrar os mortos e fazer deles notícias.
A informação que nos impingem todos os dias e que entra pela nossa casa a dentro não é mais correcta, nem a mais clara e muito menos objectiva. Afinal nem todos os dias temos «paciência de corno» para aturar esta cambada que não nos fazem mal nenhum mas apoquenta-nos a cabeça.

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