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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Tantos funcionários nos Serviços Administrativos da CMA e tão poucos noutros sectores



Artigo de Opinião

Por: Adam


Mais uma vez aqui estou eu com aquilo a que poderemos denominar de comentário, mas desta vez tal como das outras a intenção é mais intensa, no lugar de um comentário, subscrevo uma opinião simples e isenta de partidarismos ou coisas do género...

Mais informo os prezados leitores de que a partir de hoje vou adoptar o nome de Adam... Não sei porquê mas parece-me bem, talvez por causa de Adam Smith, o maior economista de todos os tempos (na minha opinião)...

É com algum alivio que vejo uma medida verdadeiramente positiva, pois tal como foi referido pela Dr.ª Manuela Ferreira Leite a intervenção do Estado na Economia deve ser feita em sectores denominados “estratégicos” ou então verdadeiramente relevantes para a economia nacional.

A isto as pessoas que tiveram Disciplinas como Finanças Públicas ou Economia, tal como eu, denominamos de Politicas Keynesianas, as Politicas Intervencionistas, ou seja, são políticas do género destas que foram utilizadas por Aníbal Cavaco Silva enquanto Primeiro-ministro para revitalizar a Economia Nacional.

Este género de Politicas tem por fim aumentar os níveis de produtividade do País e ao mesmo tempo diminuir a taxa de desemprego, ou seja em poucas palavras “permitir que o nível de vida da população aumente e o desemprego diminua”, a isto temos de juntar também a diminuição das Importações e aumento das Exportações.

Mas voltando ao assunto que interessa , essa intervenção deve ser sempre feita em sectores denominados estratégicos, pois são esse sectores que permitem uma reanimação mais rápida da Economia Nacional.

É isto que o Governo tem estado a fazer, mas do meu ponto de vista muito mal, pois são as grandes empresas que “comem” grande parte do dinheiro de todos nós.

Para estas medidas serem bem sucedidas, e aí a Dr.ª Manuela Ferreira Leite está certa, elas devem incidir sobre os sectores da Economia que permitam uma recuperação sustentável da Economia Nacional, ou seja deverá ser feita junto das Pme`s, pois estas são na verdade o motor de Economia Portuguesa, ou seja aquilo que faz com que andemos “para a frente”.

Injectar milhões em grandes obras é uma solução, mas na verdade uma solução muito duvidosa e de resultados imprevisíveis, ou seja pode ser mais um meio de, (não quero dizer que seja…) pessoas como o Ministro das Obras Públicas aumentarem o seu vasto Património.

Assim sendo e de maneira a optimizar os recursos disponíveis, o Estado enquanto pessoa de bem, deverá dar meios às Pme`s, de modo a que estas se consigam desenvolver e posteriormente se consigam afirmar como um “verdadeiro motor dinamizador” da Nossa débil Economia.

Os valores hoje divulgados são de facto bastante interessantes de analisar, pois a partir dos mesmos podemos elaborar um rápido diagnóstico das Autarquias, ou seja podemos verificar que a situação afinal não está assim tão boa como era referido pelos nossos Governantes.

Com a rápida injecção dos valores apresentados poderemos assistir a um aliviar da pressão sobre algumas Pme`s, pois como é do conhecimento geral as maiores credoras das Autarquias são de facto as Pme`s, pois estas são na generalidade dos casos aquelas que estão mais aflitas e mais tarde recebem

Para a Câmara Municipal de Alpiarça foi atribuída a verba de 1.854.662 de euros para poder pagar aos credores, estamos neste caso a falar de muito dinheiro para a dimensão do Concelho, são mais de trezentos mil contos…

Se fizermos bem as nossas contas podemos verificar que cada eleitor “deve” cerca de 200€ aos credores da CMA, é muito dinheiro. Não nos podemos esquecer que além desta verba, a CMA tem receitas próprias, para além das transferências do OE.

É certo que se tem feito muita coisa, mas no entanto não creio que o que foi feito nos últimos anos seja a justificação para um volume tão elevado de dívidas.Vamos então aos factos, nunca vi tanto funcionário na CMA como nos dias que correm, mete-me imensa confusão ver tantos funcionários nos Serviços Administrativos e tão poucos noutros sectores da CMA.

Mete-me imensa confusão como é que se gastou tanto dinheiro em tão curto espaço de tempo. É verdade que foram feitas algumas obras importantes, mas não é somente aí que se gastou o dinheiro…

Não nos podemos esquecer dos negócios ruinosos que foram feitos, das estradas arranjadas e partidas passado pouco tempo…. Etc, etc…

Não bastando todos estes exemplos parece que estamos a cair novamente nos mesmo erros, ou seja, mais estradas reparadas à “pressa”, sem qualidade alguma.

Até, parece que o Executivo se esqueceu dos passeios ou até mesmo das marcações na estrada.

Como já é da praxe, penso que este e outros problemas poderão ser fáceis de resolver, como tal basta aumentar a fiscalização das obras municipais, colocar os pedreiros da CMA a trabalhar (pois já deve haver dinheiro para o cimento) e finalmente melhorar drasticamente o controlo dos gastos.

Para terminar à uma coisa que não entendo muito bem, a rede de esgotos, saneamento e abastecimento de água de Alpiarça já tem muitos anos (em alguns locais mais de 40 anos) e segundo alguns técnicos, está a necessitar de ser alvo de obras de melhoramento e ampliação. Não entendo como é que se pode colocar alcatrão novo nalgumas vias e não se reparam e melhoram o saneamento e abastecimento de água….

Queira Deus que eu não tenha razão e que daqui por um ano ou dois as máquinas não estejam a partir o alcatrão que será pago o dinheiro de todos os contribuintes… Até parece que a vida não custa a todos e que o que hoje é demais, amanha não venha a fazer falta….

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