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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Sinistralidade no distrito melhora acima da média nacional


Os números finais de 2008 referentes à sinistralidade rodoviária no distrito de Santarém apontam para uma clara melhoria em relação ao ano anterior, onde a região registou dos piores desempenhos a nível do país.No ano passado, registaram-se 50 mortos nas estradas dos 21 concelhos do distrito, menos 19 que em 2007, o que corresponde a uma diminuição de 27,5%. Os feridos graves passaram de 254 em 2007 para 217 em 2008, até porque o número total de acidentes rodoviários também registou uma diminuição significativa.Em conferência de imprensa, no dia 12 de Janeiro, o governador civil de Santarém sublinhou que os índices de sinistralidade rodoviária no distrito reflectem um desempenho melhor que a média nacional. Tendo em conta que o programa de acção europeu de segurança rodoviária traçou como meta reduzir para metade o número de vítimas até 2010, Paulo Fonseca explicou que, entre os anos 2000 e 2008, Santarém apresenta uma redução de 60%, contra os 52,6% registados a nível do país. No que toca aos feridos graves, o Ribatejo tem uma diminuição de 78,2%, contra os 62,6% registados em Portugal.“Atingimos um patamar de melhoria que é bastante estimulante para continuar o trabalho que temos vindo a desenvolver”, disse Paulo Fonseca, que elogiou bastante o trabalho desenvolvido ao longo do ano pelas autoridades policiais e restantes instituições que fazem parte do conselho coordenador de segurança rodoviário. “Mas é óbvio que não estamos satisfeitos, porque a utopia é chegar ao zero” em termos de óbitos, sublinhou.Um dos destaques em relação a 2008 é o facto da PSP, na sua área de policiamento, não ter registado qualquer morto. “Sabemos que vai ser muito difícil manter este número, mas para já estamos bastante satisfeitos”, afirmou o comandante distrital, Luís Simões. O responsável frisou que as operações de fiscalização “aumentaram significativamente” e que, em 2009, a PSP vai estar especialmente atenta ao excesso de velocidade dentro das cidades, ao álcool e aos atropelamentos, que continuam a ser um problema difícil de resolver. Entre 2007 e 2008, os atropelamentos reduziram de 87 para 73 (sem vítimas mortais), mas este número não deixa a polícia satisfeita. “Até porque apenas metade são em passadeiras, o que significa que temos um problema a resolver com os peões que atravessam a estrada fora do local indicado”, explicou o responsável.Pela GNR, o comandante Vítor Lucas explicou que as operações de fiscalização rodoviária aumentaram cerca de 14% em 2008, sobretudo nas zonas mais sensíveis em termos de tráfego e histórico de acidentes, vulgo pontos negros. “Não se pode traçar uma correlação directa entre o número de operações STOP e a diminuição da sinistralidade, mas é um facto que há menos acidentes nas zonas mais fiscalizadas”, adiantou ainda o responsável, que destacou o “enorme esforço realizado pela guarda”, visto que “há um défice de militares, sobretudo no sul do distrito”.

«In "O Ribatejo- João Nunes Pepino"

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